CBF reforça que vítimas de casos como Robinho e Daniel Alves não podem se calar
Ex-jogadores fizeram parte da Seleção Brasileira, em diferentes momentos
Foto: Reprodução
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fez um comunicado, na noite de sexta-feira (22), no qual defende que as vítimas de estupro, como nos casos como dos ex-jogadores Daniel Alves e Robson de Souza, o Robinho, não se calem. A nota é assinada por Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade.
“É fundamental que a corajosa atitude das vítimas inspirem cada vez mais mulheres a não se calarem diante de barbaridades de tal ordem”, informa trecho da nota.
A CBF reforça que os ex-jogadores não podem utilizar a camisa da Seleção Brasileira para tentar se proteger das condenações por estupro.
“É vergonhoso que um atleta se sinta confortável para cometer esse tipo de perversidade acreditando que aquilo que conquistou pelo esporte vá de alguma forma lhe blindar de qualquer punição.”
Robinho foi detido pela Polícia Federal (PF) na noite dessa quinta-feira (21), em Santos, no litoral de São Paulo. O mandado de prisão contra o ex-jogador foi emitido pela Justiça Federal da cidade após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negar recurso da defesa do ex-atleta.
Na quarta-feira (20), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou o pedido da Justiça da Itália e determinou a prisão imediata do ex-jogador.
Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão pelo Tribunal de Barcelona, na Espanha, por “agressão sexual”, equivalente ao crime de estupro no Brasil. Segundo a Corte, o ex-jogador abusou de uma mulher de 23 anos em um banheiro de uma boate em 31 de dezembro de 2022.
A Justiça de Barcelona, por outro lado, concedeu liberdade provisória a Daniel Alves mediante o pagamento de fiança no valor de 1 milhão de euros (R$5,4 milhões). No entanto, o ex-jogador não conseguiu fazer o desembolso e ficará preso durante o fim de semana.
A CBF reforça que tem trabalho para combater violências no ambiente esportivo, como no combate ao racismo, homofobia e agressões motivadas por brigas de torcidas.