Celular que revela suposto tráfico de influência na Justiça de Goiás some após pedido da PGR
Aparelho foi solicitado para uma investigsção ministerial
Foto: Reprodução
Um celular periciado durante a investigação do crime que vitimou os advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Carvalhães, ambos assassinados dentro do escritório em que trabalhavam, em Goiânia, em outubro de 2020, teria supostamente "desaparecido" da custódia de autoridades do estado.
O aparelho em questão pertence a Marcus e era utilizado em uma quebra de sigilo telefônico durante a fase de inquérito dos homicídios, conforme revelou suposto esquema de tráfico de influência e troca de favores dentro do Poder Judiciário de Goiás.
O celular desapareceu após a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar os aparelhos para uma investigação ministerial. “Cumpre registrar a gravidade e a potencial capilaridade dos crimes envolvendo diferentes autoridades com prerrogativa de foro perante o Superior Tribunal de Justiça”, consta no pedido.
Após o pedido, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou, porém, que não há no Núcleo Público Judicial do órgão o segundo aparelho solicitado pela PGR. A Polícia Civil do estado também apontou que o celular exigido "não foi encontrado no cartório".
No aparelho telefônico consta mensagens em que juízes, desembargadores e advogados aparecem ou são citados pedindo "ajuda" a Marcus Chaves em promoções de carreira, resoluções de processos ou solicitando cargos específicos para parentes.