Censo 2022: Bahia segue com maior número de analfabetos do Brasil
Estado ocupa a mesma posição há mais de 30 anos
Foto: Liza Summer/Pexels
A Bahia manteve o maior número de analfabetos do Brasil ao registrar 1.420.947 pessoas de 15 anos ou mais que não sabiam ler nem escrever em 2022. O estado ocupa a mesma posição do ranking há pelo menos 31 anos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como parte do Censo Demográfico.
Em números absolutos, a Bahia foi o estado com maior redução no índice da população não alfabetizada. Foram menos 308.350 pessoas. Segundo o IBGE, um reflexo do grande número de habitantes nessa condição.
Confira o analfabetismo em números na Bahia (dados de 2022)
Salvador tinha a menor taxa de analfabetismo da Bahia (3,5%) e a 13ª entre as 27 capitais;
Em números absolutos, a capital baiana era a quarta com maior número de analfabetos (69.481);
6 em cada 10 pessoas que não sabiam ler nem escrever tinham 55 anos ou mais;
Taxa de analfabetismo era maior entre os homens (13,8%) do que entre as mulheres (11,5%);
Taxa de analfabetismo de pessoas indígenas é a maior (16%) e foi a que menos diminuiu em 12 anos;
Pessoas pardas (12,7%) e pretas (13,3%) tinham taxas de analfabetismo maiores do que o total da população baiana.
Educação no Brasil
No país como um todo, 11,4 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever uma carta simples, o que equivale a 7% da população dessa faixa etária. Contudo, em relação à última edição da pesquisa, de 2010, houve um salto de 80,9% de alfabetizados no Nordeste para 85,79%.
Dados do IBGE revelaram que a disparidade regional segue acentuada e mostra que a região Sul tem o melhor índice do país, chegou ao patamar de 96,6% de moradores que sabem ler e escrever.
Entre os estados, os piores números foram registrados em Alagoas (17,7%) e no Piauí (17,2%).