Censo IBGE 2022: 55,2% dos moradores de apartamento da Bahia estão em Salvador
Verticalização cresceu em 9 de cada 10 municípios no estado
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
A Bahia registrou em 2022 um aumento na população vivendo em apartamentos, representando 55,2% do 1,152 milhão de pessoas que residiam nesse tipo de habitação. Destas, 636.032 estavam em Salvador, correspondendo a 26,4% da população da capital. Esse aumento foi observado em todas as capitais brasileiras ao longo do período entre 2010 e 2022. Em Salvador, especificamente, houve um avanço de 5,2 pontos percentuais, resultando na queda da cidade do 9º para o 12º lugar no ranking nacional. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar desse crescimento na verticalização, a maioria da população em Salvador continuou a residir em casas, representando 71,1% do total em 2022, em comparação com 76,1% em 2010. Houve também um aumento na proporção de moradores em casas de vila ou condomínio, enquanto a população em casas de cômodos ou cortiços diminuiu. Além disso, apenas uma pequena parcela da população residia em estruturas degradadas ou inacabadas.
Embora a concentração da população baiana que vive em apartamentos seja significativa em Salvador, houve um aumento proporcional em 9 em cada 10 cidades do estado entre 2010 e 2022. Os maiores crescimentos na proporção de pessoas vivendo em apartamentos foram observados em Lauro de Freitas, Itabuna e Simões Filho.
Em relação à cor ou raça, as pessoas brancas eram numericamente minoritárias tanto na Bahia quanto em Salvador, mas ganhavam importância proporcional entre os moradores de apartamentos ou casas de vila/condomínio. Esse fenômeno foi ainda mais evidente em Salvador, onde as pessoas brancas representavam uma proporção significativamente maior dos moradores em apartamentos e casas de vila/condomínio em comparação com a população em geral, enquanto as pessoas pretas apresentavam uma participação proporcionalmente menor.