CEO da Casas Bahia afirma que 2025 será um ano 'mais duro' e com maior ameaça de aumento no desemprego
Comando da varejista salientou que o foco não será o desenvolvimento, e sim a melhoria na rentabilidade

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O CEO da Casas Bahia declarou na última quinta-feira (13), em teleconferência com analistas, que o alvo da empresa não é o desenvolvimento, e sim a evolução da rentabilidade. Por isso, justifica o acontecimento de a receita ter diminuído cerca de 6% do ano passado e o lucro bruto ter aumentado 4% na época. Ainda, a preferência da varejista é o comércio em loja física, com margens superiores que site e aplicativo.
A ação da empresa iniciou o pregão desta quinta-feira em diminuição e retrocedia 8,61% nesta tarde, com analistas realizando questionamentos em relatórios sobre a relação ainda coagida entre patrimônio (equity) e dívidas.
De acordo com o presidente do grupo, Renato Franklin, declarou a analistas, o “mercado vai ser mais duro em 2025 do que em 2024”, pórem a empresa acredita em ganhar espaço com a expansão em operações regionais. “O mercado não deve crescer em 2025 como em 2024”, declarou o executivo.
Para ele, a maior ameaça ao consumo é a deterioração nos índices de empresa, com a casual velocidade da taxa de desemprego.
O executivo afirmou observar problema de ampliar em venda própria de seu estoque (bens duráveis) com suporte do crediário, que chega até 24 vezes. A empresa aumentou os juros de seu carnê de 8,5% ao mês para 9,4% no fim de 2024, depois da escalada da Selic.
Em relação a demanda, a venda de linha branca (como refrigeradores e máquinas de lavar roupa) aumentou dois dígitos no fim de 2024, no período da Black Friday, porém depois teve diminuição nesse número, para um dígito. Ainda, outras categorias não progrediram em vendas.
“Como estou com mais ‘share’, acredito que estamos tirando de outras empresas, principalmente regionais. A indústria acha que será um ano mais duro em 2025”, declarou ele. “O que escutamos das indústrias é que estamos recompondo nosso ‘share’, porque no passado focamos em site e perdemos muito em loja física, e estamos recuperando.” As vendas “mesmas lojas” de outubro a dezembro aumentaram 17%, sobre uma base fraca de comparação.
A empresa foi confrontada por analista sobre investimentos no ano, e afirmou que pretendem o mesmo nível de investimentos em 2025 versus 2024, e precisamente pode ter investimentos melhores em lojas específicas, quando existe potencial de preço médio da loja maior.
O executivo também falou sobre o aumento na inflação do setor, e declarou que existe um resultado nocivo de alta de preços. O reajuste médio de preços passados para a rede pelos fornecedores foi de 6%. “Há muito a fazer, mas o que acontece às vezes é que você faz as mudanças, mas é afetado pela inflação”, afirmou.