Cerca de 500 bebês foram internados por causa de fumaça na Amazônia em 2019
Foram analisados estatísticas de internações, desmatamento, focos de calor e qualidade do ar
Foto: Reprodução/ BBC
Pelo menos 2.195 pessoas foram internadas em decorrência de doenças respiratórias em 2019 por causa da fumaça oriunda de queimadas na região da Amazônia, apontou um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) e da Human Rights Watch (HRW), divulgados nesta quarta-feira (26). Desse total, 467 foram internações de bebês (com menos de um ano de idade) e 1.080 foram de idosos com mais de 60 anos.
Foram analisados a poluição decorrente das queimadas e como o material da fumaça incide diretamente sobre os problemas respiratórios da população. Para isso, eles compilaram dados estaduais de saúde para chegar aos números finais. Estatísticas de internações hospitalares, desmatamento, focos de calor e qualidade do ar foram algumas das analises realizadas pelos pesquisadores.
Os dados de focos de calor e desmate foram compilados a partir dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os dados de poluição são do Sistema de Informações Ambientais Integrado à Saúde Ambiental (Sisam) e a fonte das internações foi o DataSUS.
Ainda foram entrevistados 67 pessoas, entre médicos, servidores públicos da área da saúde, profissionais da área hospitalar, promotores, procuradores e lideranças indígenas.