Cervejaria Backer apresenta à Justiça vídeo com suposto indício de sabotagem
Juíza federal decidiu que análise do vídeo não seria feita neste momento do processo
Foto: Danilo Girundi/TV Globo
A cervejaria Backer apresentou à Justiça um vídeo onde supostamente haveria sabotagem nos barris de monoetilenoglicol, substância usada em serpentinas de resfriamento da cervejaria. O vídeo foi anexado ao pedido da Backer para retomar as atividades na empresa.
Na substância usada na empresa, nas amostras de cervejas e na água da fábrica foram identificados o dietilenoglicol, que é apostado pela Polícia Civil de Minas Gerais como o causador da síndrome nefroneural. Dezoito casos já foram identificados, entre eles quatro mortes.
Na quinta-feira (16), a Polícia Civil fez busca e apreensão em uma distribuidora na Grande BH que fornece monoetilenoglicol para a Backer, foram recolhidas amostras dos produtos e documentos. Policiais também ouviram, em BH, ex-funcionários da Backer e de distribuidora de insumos.
"O Impetrante juntou aos autos o vídeo supostamente contendo indícios de sabotagem nos barris demonoetilenoglicol por ele adquiridos junto ao seu fornecedor. Todavia, não cabe a análise dessa questão na via estreita do mandado de segurança", diz a Juíza federal substituta Anna Cristina Rocha Gonçalves, na decisão.
No entanto, a juíza autorizou que a Backer volte a envasar garrafas de cerveja nos tanques não lacrados na fábrica, mas a venda segue proibida. Para voltar a comercializar, a Backer precisará constatar que as bebidas estão livres de contaminação.
