Cesta básica de Salvador tem 4º menor valor entre 17 capitais, aponta DIEESE
Na passagem de fevereiro para março, houve redução de -0,92%
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O valor do conjunto dos alimentos básicos de Salvador registrou o quarto menor valor entre as 17 capitais brasileiras em que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Na passagem de fevereiro para março de 2023, houve redução de -0,92%. Já na comparação com março de 2022, a cesta aumentou 5,53%; e, nos três primeiros meses desse ano, acumulou aumento de 3,63%. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (10).
Entre fevereiro e março de 2023, sete dos 12 produtos que compõem a cesta básica tiveram redução nos preços médios: tomate (-5,75%), banana (-3,57%), leite integral (-3,17%), café em pó (-1,68%), açúcar cristal (-1,67%), óleo de soja (-1,01%) e carne bovina de primeira (-0,13%). Outros cinco produtos apresentaram aumento no valor médio: farinha de mandioca (5,19%), feijão carioquinha (1,34%), pão francês (1,22%), arroz agulhinha (0,94%) e manteiga (0,39%).
No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações nos preços de oito dos 12 produtos da cesta: farinha de mandioca (36,28%), leite integral (25,39%), manteiga (22,82%), feijão carioquinha (22,75%), pão francês (17,32%), banana (10,70%), arroz agulhinha (8,03%) e café em pó (1,12%). Já as taxas negativas foram observadas para o tomate (-15,79%), óleo de soja (-14,01%), açúcar refinado (-3,73%) e carne bovina de primeira (-1,26%).
Em março de 2023, o trabalhador de Salvador, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.302,00, precisou trabalhar 99 horas e 56 minutos para adquirir a cesta básica, tempo maior do que em fevereiro de 2023, quando necessitou de 100 horas e 52 minutos. Em março de 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.212,00, foram demandadas 101 horas e 43 minutos.
Brasil
No âmbito nacional, entre fevereiro e março de 2023, as reduções mais importantes ocorreram em Recife (-4,65%), Belo Horizonte (-3,72%), Brasília (-3,67%), Fortaleza (-3,49%) e João Pessoa (-3,42%). Já as elevações foram observadas em quatro capitais: Porto Alegre (0,65%), São Paulo (0,37%), Belém (0,24%) e Curitiba (0,13%).
As capitais com as cestas mais caras foram: São Paulo (R$ 782,23), Porto Alegre (R$ 746,12), Florianópolis (R$ 742,23), Rio de Janeiro (R$ 735,62) e Campo Grande (R$ 719,15). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 546,14), Recife (R$ 578,73) e João Pessoa (R$ 579,57).
Contudo, na comparação entre março de 2022 e março deste ano, a cesta apresentou alta em 11 capitais e as maiores taxas ocorreram em Belém (13,42%), Natal (6,90%) e Salvador (5,53%). As reduções foram registradas em outras seis capitais, com destaque para a queda de -3,11%, em Curitiba.