• Home/
  • Notícias/
  • Mundo/
  • Chefe de Direitos Humanos teme que mundo esteja “insensível” à crise na Ucrânia
Mundo

Chefe de Direitos Humanos teme que mundo esteja “insensível” à crise na Ucrânia

Volker Turk ressaltou que o conflito está se tornando cada vez mais “arraigado e prolongado"

Por Da Redação
Ás

Chefe de Direitos Humanos teme que mundo esteja “insensível” à crise na Ucrânia

Foto: Unicef/Oleksii Filippov

O alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, afirmou, na última terça-feira (2), que apesar  das “histórias angustiantes” de sofrimento humano que se desenrolam todos os dias na Ucrânia, o mundo parece ter ficado “insensível a esta crise”.

Durante a 55ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Turk, lembrou que “mais de 10,5 mil civis foram mortos e mais de 20 mil feridos”. Ele ressaltou que o conflito está se tornando cada vez mais “arraigado e prolongado, pontuado por ondas recorrentes de ataques, como se viu em todo o país na semana passada”.

Um relatório divulgado pelo Escritório de Direitos Humanos, no dia 20 de março, aponta que que nos últimos dois anos, as Forças Armadas russas cometeram violações generalizadas dos direitos humanos internacionais e do direito humanitário, incluindo homicídios ilegais, tortura, desaparecimentos forçados e detenções arbitrárias. 

Segundo o documento, os alvos são pessoas consideradas uma ameaça à segurança da ocupação, uma definição que se alargou ao longo do tempo para incluir qualquer pessoa considerada “pró-ucraniana”.

Turk revelou que a Rússia desligou a internet, as redes móveis, a televisão e as rádios ucranianas, com o tráfego reencaminhado através das redes russas, permitindo a “restrição do fluxo de informação e a censura de vozes pró-ucranianas”.

Ele afirmou ainda que as autoridades de ocupação russas reprimiram protestos pacíficos, restringiram a liberdade de expressão, impuseram controles rigorosos sobre os movimentos dos residentes e pilharam casas e empresas. 

O alto comissário disse que “estas violações ocorreram num contexto de impunidade generalizada” e que as pessoas não têm onde “procurar justiça”. Para Turk, o “efeito cumulativo destas ações foi a criação de um clima de medo generalizado, que permitiu à Rússia solidificar o seu controle”.

Além disso, ela aponta que após a “anexação ilegal de áreas das regiões de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia em setembro de 2022”, a Rússia impôs os seus próprios sistemas de direito, governação e administração, em violação do direito humanitário internacional que rege situações de ocupação.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário