Ciclos menstruais irregulares ou longos são associados a maior risco de doença cardiovascular
Resultado foi revelado por um estudo publicado no Jornal da American Heart Association
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Um estudo publicdo no Jornal da American Heart Association revelou que mulheres com ciclos menstruais irregulares (menos de 21 dias) ou longos (mais de 35 dias) podem enfrentar um risco maior de doença cardiovascular e fibrilação atrial, ou batimentos cardíacos irregulares.
Especificamente, “a longa duração do ciclo menstrual foi associada a riscos aumentados de fibrilação atrial, mas não de infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral”, escreveram os pesquisadores, e ciclos mais curtos foram associados a um maior risco de doença cardíaca coronária e infarto do miocárdio ou ataque cardíaco.
Embora “mulheres com disfunção do ciclo menstrual possam sofrer consequências adversas para a saúde cardiovascular”, a natureza exata dessa relação e o que está por trás disso permanece desconhecida, disse a autora do estudo, Huijie Zhang, médica-chefe e professora do Hospital Nanfang da Southern Medical University na China, à CNN.
No geral, cerca de 14% a 25% das mulheres têm ciclos menstruais irregulares em todo o mundo, de acordo com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH em inglês) dos Estados Unidos.
A pesquisa teve como base os dados de saúde de 58.056 mulheres entre 40 e 69 anos no Reino Unido.
Entre as entrevistadas, 39.582 relataram ciclos menstruais regulares e 18.474 relataram ciclos irregulares ou ausência de menstruação. Os pesquisadores descobriram que 2,5% das mulheres com ciclos regulares desenvolveram doenças cardiovasculares, em comparação com 3,4% daquelas com ciclos irregulares.
Os dados também mostraram que 0,56% daquelas com ciclos regulares desenvolveram fibrilação atrial, em comparação com 0,92% daquelas com ciclos irregulares.