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Cidades com pior qualidade de vida ficam no Nordeste do país, aponta estudo

Cerca de 18 das 20 cidades mais bem colocadas no ranking ficam no Sul e Sudeste do Brasil

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Cidades com pior qualidade de vida ficam no Nordeste do país, aponta estudo

Foto: Reprodução/Jornal Nacional

O Instituto Imazon, em parceria com outras organizações da sociedade civil, elegeu as cidades brasileiras com a menor qualidade de vida. O índice é composto por 57 indicadores separados em três grupos principais: o primeiro é Necessidades Humanas Básicas, que avalia se o brasileiro tem acesso a comida, saúde, moradia e segurança. A partir disso, o resultado mostra um pequeno avanço na média brasileira em relação a 2024, quando o estudo começou.

No entanto, o ranking da qualidade de vida nos municípios encara desigualdades regionais. Enquanto 18 das 20 cidades mais bem colocadas ficam no Sul e Sudeste, 19 das piores ficam no Norte e Nordeste. Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, ficou na primeira posição da qualidade de vida pela segunda vez. A pior colocada foi Uiramutã, em Rondônia.

Para calcular o Índice de Progresso Social, o IPS, que mede e classifica a qualidade de vida nos 5.570 municípios brasileiros, o levantamento atravessou uma série de dados e indicadores sociais. Em entrevista ao Jornal Nacional, a coordenadora do IPS Brasil, Melissa Wilm, afirmou que ele foca nas pessoas que frequentam as escolas, se estão saindo com uma educação de qualidade ou se precisam de alguma estrutura de saúde.

Ele [o IPS] não quer saber a quantidade de escolas que têm num município, por exemplo, ou a quantidade de postos de saúde, de profissionais de saúde. Ele quer saber se as pessoas que estão entrando nessas escolas estão saindo com uma educação de qualidade, se as pessoas que precisam de alguma estrutura de saúde estão tendo um atendimento bacana, disse a coordenadora.

Ainda sobre o indicador de Necessidades Humanas Básicas, a estudante Isadora Maria da Silva conta que está bem complicada. Segurança, tudo. O que está mais preocupante para a gente que mora aqui dentro da região.

Outro indicador é Fundamentos do Bem-Estar, que analisa acesso à educação fundamental, vida saudável, contato com a natureza.

Quase não tem água. Paga água para não ter. Ambiente, mesma coisa, afirmou Maria da Silva.

No grupo de Oportunidades estão respeito a direitos individuais e acesso ao ensino superior. Nina Castro, uma dona de casa que participou do estudo, contou que já morou em um porão. Hoje os meus filhos estão formados, hoje a minha casa é outra.

O estudo conclui que a riqueza que uma cidade consegue gerar não determina, necessariamente, o seu progresso social. Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é um exemplo disso. Tem o mesmo PIB per capita de Uberlândia, em Minas Gerais, mas em um ranking de bem-estar, que compara 48 municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes, enquanto a cidade do Triângulo Mineiro está lá no topo, Duque de Caxias fica quase na lanterna.

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