Coronavírus

Cidades que registraram queda de Covid-19 no País têm redução de anticorpos na população

Especialista diz que sumiço de anticorpos não quer dizer que a pessoa será infectada novamente

Por Da Redação
Ás

Cidades que registraram queda de Covid-19 no País têm redução de anticorpos na população

Foto: Reprodução

Cidades que tiveram as primeiras quedas no ritmo das infecções da Covid-19 já percebem, através de inquéritos sorológicos, que os moradores apresentam cada vez menos anticorpos para o novo coronavírus entre a população. 

Um desses inquéritos apontaram para o IgG, anticorpo produzido na fase tardia da infecção, no qual só é detectável a partir do 15º dia de sintomas. Ele é responsável por defender o organismo de uma reinfecção, dizem os pesquisadores. 

A capital de Teresina, em Piauí, realiza o inquérito mais antigo, pois já está na 18ª etapa. A pesquisa entre os dias 24 e 26 de julho apontaram que 107.587 moradores que tinham a infecção, tiveram IgG positivo e IgM (que indica que a infecção ainda está ativa) negativo.

A partir dessa data, as próximas pesquisas apresentaram uma queda no percentual de pessoas com os anticorpos, até que na pesquisa realizada entre 21 e 23 de agosto, esse número caiu para 34.594, menor número desde junho. 

O mesmo ocorreu no Estado de Fortaleza, onde na primeira fase da testagem, que investigou 3.300 pessoas entre 2 e 15 de junho, 14,2% dos fortalezenses já tinham anticorpos contra a covid-19. Entre 13 e 20 de julho, esse percentual caiu para 13,1%.

Outro levantamento que mostra queda de IgG é a Epicovid, coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no qual mostra que em Manaus a população estimada com esse tipo de anticorpo caiu de 14,6%, na fase 2 (entre 4 e 7 de junho), para 8% na fase 3 (entre 21 e 24 de junho).

Para o professor de imunologia e coordenador da área de diagnóstico da força-tarefa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Alessandro Farias, o IgG deve ser visto apenas como uma parte da defesa do corpo, e que seu "sumiço" não quer dizer que a pessoa está suscetível a uma nova infecção.

 

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