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Cientista renomado alerta sobre o potencial da inteligência artificial superar a inteligência humana

Geoffrey Hinton discute os riscos e possibilidades da IA durante evento da MIT Technology Review

Por Da Redação
Ás

Cientista renomado alerta sobre o potencial da inteligência artificial superar a inteligência humana

Foto: Reprodução

O renomado cientista da computação Geoffrey Hinton, conhecido como "padrinho da IA", avalia que os modelos de inteligência artificial geradora, como o ChatGPT, possuem um amplo conhecimento em diversos assuntos e são significativamente mais inteligentes do que a média dos seres humanos. Hinton acredita que esses modelos serão capazes de superar a inteligência coletiva humana nos próximos anos. 

Durante sua participação no evento EmTech Digital, organizado pela revista MIT Technology Review, Hinton discutiu o futuro da inteligência artificial e alertou para o risco de a IA assumir o controle da sociedade. Sua visão está em consonância com a carta assinada por intelectuais e influentes personalidades da tecnologia, como Yuval Harari e Steve Wozniak, que defendem a interrupção do desenvolvimento da inteligência artificial.

No entanto, Hinton não endossou o documento. Ele deixou o Google para ter mais liberdade em expressar suas preocupações sobre os riscos da IA. Em um artigo publicado no New York Times, Harari comparou a situação com a ideia de um avião com 10% de chance de cair, afirmando que ele jamais decolaria. Hinton acredita que as chances de a humanidade perder o controle sobre essa nova forma de inteligência, representada pelos grandes modelos de linguagem como o GPT, estão em torno de 40%.

Na década de 1980, Hinton desenvolveu o algoritmo conhecido como backpropagation (propagação reversa), que está por trás das redes neurais atuais. Esse algoritmo permite que as máquinas aprendam por meio de exemplos durante o treinamento. Pelo seu trabalho no desenvolvimento da propagação reversa, Hinton recebeu, juntamente com Yann LeCun e Yoshua Bengio, o Prêmio Turing de 2019, considerado o Nobel da matemática.

Hinton avalia que o cérebro humano não funciona por meio da propagação reversa e que o algoritmo criado nos anos 1980 é mais eficiente do que o cérebro humano. Os atuais grandes modelos de linguagem, como o GPT-4, disponível na versão paga do ChatGPT, possuem menos de 1 trilhão de conexões, enquanto o cérebro humano possui 10 trilhões de conexões, formadas por cerca de 100 bilhões de neurônios. Hinton vê isso como uma nova forma de inteligência, livre dos limites energéticos e dos vícios inerentes à evolução biológica.

Questionado sobre a capacidade das IA geradoras de inovar, Hinton afirmou que elas serão capazes de fazer isso, assim como os seres humanos.

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