Cientistas argentinos comprovam eficácia da Ivermectina contra Covid-19
Medicamento reduz a concentração viral da doença
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Cientistas argentinos concluíram a primeira etapa do trabalho onde obtiveram resultados positivos sobre a eficácia da ivermectina na redução da concentração viral de pacientes que foram afetados com a Covid-19. As informações foram publicadas pelo jornal Clarín, da Argentina.
O resultado foi divulgado na última quarta-feira (23) pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, e começou a ser investigado há quatro meses pelo pelo cientista Alejandro Krolewiecki, do Tropical Diseases Research Institute da sede regional de Oran da Universidade Nacional de Salta (UNSa).
Ele explica que ao administrar a dose de ivermectina em 0,6 miligramas (três vezes a quantidade normalidade usada), o paciente “produz a eliminação mais rápida e profunda do vírus quando o tratamento é iniciado nos estágios iniciais da infecção (até 5 dias a partir do início dos sintomas)".
Os testes clínicos foram realizados em 45 pacientes com doença leve ou moderada em diferente centros de saúde do país. Desse total, 30 receberam Ivermectina em altas doses e os demais ficaram como controle.
“Aqueles que receberam o medicamento apresentaram uma resposta antiviral significativamente diferente dos não tratados, o efeito foi evidenciado na diminuição mais profunda do vírus nas secreções”, explicou Krolewieky ao jornal Clarín . E garantiu ainda que “o mais relevante é que é o primeiro estudo que demonstra o efeito da ivermectina em pacientes. Em todo o mundo se esperava uma verificação para estabelecer se esse medicamento tem potencial para tratar pacientes com coronavírus”.
Os cientistas agora iniciam investigações para estabelecer os métodos de aplicação clínica e a possibilidade dele ser disponibilizado como mais uma forma de prevenção do vírus.