Cientistas brasileiros criam tratamento contra febre amarela
Pesquisadores fizeram uso de anticorpos para tratar a doença
Foto: Reprodução
Um grupo de cientistas brasileiros e americanos anunciaram na sexta-feira (20) os resultados dos primeiros testes de um tratamento experimental para a febre amarela usando anticorpos em macacos resos e em hamsters. A pesquisa foi bancada por ativistas virtuais que lidam com criptomoedas.
O método usado é o de anticorpos monoclonais que tem o objetivo de atacar o vírus. Liderados por Michael Ricciardi, da Universidade George Washington, os pesquisadores afirmam que os resultados qualificam o tratamento para testes clínicos em humanos.
No Brasil, o principal colaborador é o imunologista e infectologista Esper Kallás, da Faculdade de Medicina da USP, que estuda sobre anticorpos para a febre amarela desde 2016, quando ocorreu um dos surtos mais graves do país.
Testes em humanos
A pesquisa foi aprovada na fase pré-clínica de desenvolvimento, mas agora busca uma forma de viabilizar os testes em humanos. "O grande obstáculo agora é mandar fazer o primeiro lote de anticorpos monoclonais em ambiente de boas práticas de manufatura para uso em humanos. Para eu contratar uma companhia que faça os testes e faça uma produção do primeiro lote experimental seriam cerca de US$ 14 milhões", conta Kallás ao jorna O Globo. "Há poucas empresas no mundo capazes de fazer esse tipo de coisa, nenhuma delas no Brasil."