Cientistas descobrem mancha quente de água no Pacífico
A mancha ocupa uma área de 1 milhão de km²
Foto: Reprodução/ CLIMATEREANALYZER
Os cientistas descobriram uma área que tem o tamanho da metade do México ou até mesmo duas vezes o estado de Minas Gerais. Os pesquisadores apelidaram essa zona de "macha quente" —"hot blob", em inglês. Tal descoberta coincidiu com uma onda de calor que provocou graves incêndios na Austrália, ao mesmo tempo em que regiões da América do Norte experimentaram fortes tempestades de inverno.
A mancha compreende uma área do oceano de cerca de 1 milhão de km² cuja temperatura aumentou entre 4°C e 6°C, mais que o previsto para essa região. Tal fenômeno pode ajudar a explicar o forte aumento de gás metano na atmosfera. S
Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, as temperaturas do oceano podem variar em grandes proporções, e um grau a mais ou a menos de diferença já é "preocupante" por provocar efeitos adversos no clima do planeta como um todo.
De acordo com especialistas, o efeito dessa área de calor no oceano não deve ser grande sobre áreas habitadas. No entanto, os cientistas estão inquietos sobre as eventuais consequências para a vida marinha.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos adverte que o aquecimento das águas reduz os nutrientes no oceano, o que altera a cadeia alimentar marítima. No entanto, segundo a revista "Science", embora os satélites facilitem a identificação dessas manchas de água quente, eles não são capazes de determinar com precisão magnitude e o impacto ecológico delas.