Cientistas recomendam utilização do termo 'monkeypox' ao invés de varíola dos macacos no Brasil
Orientação visa evitar estigma contra infectados e maus tratos a animais; surto atual não tem relação com primatas
Foto: Pixabay
Cientistas da área de saúde têm reforçado o discurso quanto ao uso do termo 'monkeypox' no Brasil, o mesmo nome do vírus, para nomear a doença que tem sido popularmente chama de varíola dos macacos.
A recomendação visa evitar o estigma contra indivíduos infectados e maus tratos contra animais, já que o surto atual da doença nada tem a ver com os primatas. O Ministério da Saúde, em consonância com a Organização Mundial de Saúde, já adotou o termo em questão.
O vírus
Em 1958, pesquisadores investigavam um surto infeccioso em primatas oriundos da África quando descobriram o vírus MPXV (monkeypox). Mais tarde, foi constatado, no entanto, que os macacos não participavam da dinâmica da infecção como animais reservatórios, mas sim eram afetados pelo vírus como todos os outros mamíferos. Ainda hoje não se sabe com exatidão as espécies reservatórias do vírus e nem como ele circula na natureza.
Monkeypox no Brasil
No Brasil, mais de 200 casos da doença viral já foram detectadas. Em São Paulo está concentrada a maioria dos casos, 158, seguido pelo Rio de Janeiro, com 34 confirmações da doença.
Os outros estados em que foram detectados casos da doença são: Minas Gerais (14), Paraná (3), Rio Grande do Sul (3), Ceará (2), Rio Grande do Norte (2), Goiás (2) e Distrito Federal (1).
Dentre os sintomas da doença, estão febre alta, erupções na pele, dores de cabeça e nas costas, fraqueza muscular e adenomegalia.