Cinco militares são presos por crimes realizados durante a megaoperação no Rio
Outros cinco policiais são alvo de mandados de busca e apreensão

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Cinco policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque foram detidos nesta sexta-feira (28), devido a crimes cometidos durante a Operação Contenção, que deixou 122 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, no final de outubro.
Além dos agentes presos, outros cinco são alvo de mandados de busca e apreensão. A ação, decorrente de investigações realizadas a partir da análise das imagens das Câmeras Operacionais Portáteis utilizadas na operação, é conduzida pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar, as investigações estão sob responsabilidade da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), que identificou indícios de crimes cometidos por militares no decorrer do serviço.
Em nota, o comando da corporação afirmou que não compactua "com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos".
Roubo de fuzis
Segundo a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (CDDHC), que acompanha a operação deflagrada pela Corregedoria da Polícia Militar, as câmeras corporais revelam "o furto de um fuzil possivelmente destinado à revenda para criminosos". A informação foi divulgada pela presidente da comissão, deputada Dani Monteiro (PSOL).
A parlamentar pontuou que a comissão atua no território onde foi deflagrada a megaoperação, onde colheu denúncias, acompanhou famílias e oficiou órgãos com pedidos de transparência e preservação de provas. Esse material foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em reunião em Brasília no início do mês.
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