Ciro diz que Bolsonaro e Lula contribuem para colocar Brasil em clima de medo e violência
O pedetista também comentou sobre a morte do tesoureiro do PT
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O pré-candidato à Presidencia, Ciro Gomes (PDT), afirmou em live na terça-feira (12), que o clima de radicalização política violenta parte principalmente do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também contribui.
“Esse clima de radicalização violenta, de perseguição a adversários parte principalmente de Bolsonaro, mas não vou fechar os olhos à verdade e a verdade é que Lula e o PT têm dado uma boa dose de contribuição para acirrar os ânimos todo dia, para jogar o Brasil num clima de medo, violência e incerteza que não se via desde a ditatura militar”, disse Ciro.
A declaração foi feita quando o pedetista falava do caso do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, morto no último sábado (9), em meio ao aniversário de 50 anos, quando um apoiador de Bolsonaro invadiu o local.
“Como é possível que alguém odeie tanto a opção política do outro a ponto de baleá-lo na frente dos seus filhos, de sua esposa e seus amigos? Não tenho dúvida de que parte das respostas atende pelo nome e sobrenome de Jair Messias Bolsonaro, um presidente que faz apologia das armas e da violência até mesmo quando está ao lado de crianças, um presidente ligado a milícias e a gente notória pela brutalidade como o deputado Daniel Silveira (…)”, argumentou Ciro.
Na transmissão ao vivo, Ciro também comentou que Lula é diferente de Bolsonaro porque "joga no campo da democracia", mas que isso não significava que o ex-presidente passava despercebido. “Considero Lula muito diferente de Bolsonaro porque Lula joga no campo da democracia, com toda a falta de escrúpulo dele, e o Bolsonaro não — joga no campo da ditadura. Mas isso não significa dizer que Lula tem carta banca para dizer o que bem entender”, declarou Ciro.
“O Brasil está contaminado pelo ódio e o que deveria ser uma disputa de ideias está se transformando num embrião, Deus nos livre e guarde, de uma guerra civil entre esses dois polos radicalizados e sem nenhuma visão de mundo nem de país nem de projeto”, continuou o pré-candidato.