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Ciro Gomes afirma que CLT pode “se aposentar” e propõe novo “código do trabalho”

Declarações foram realizadas durante encontro com a União Nacional do Comércio e Serviços, em Brasília

Por Da Redação
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Ciro Gomes afirma que CLT pode “se aposentar” e propõe novo “código do trabalho”

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ciro Gomes, candidato à Presidência pelo PDT, participou nesta terça-feira (30) de um encontro com a União Nacional do Comércio e Serviços (Unecs), em Brasília. Na ocasião, o pedetista afirmou que pretende “aposentar” a CLT e propor um novo código do trabalho que corresponda ao mundo atual, mas que mantenha direitos trabalhistas.

“A velha CLT não compreende mais o mundo das tecnologias digitais, home office, teletrabalho, informalidade e aplicativos. Pode se aposentar. Porém, a ideia de que nós temos que desregulamentar o trabalho é um equívoco estratégico mortal”, justificou Ciro, que elogiou a contribuição histórica da CLT.

De acordo com o candidato, a relação de seu governo com empresário será “um quebra pau”, mas ressaltou que o diálogo estará aberto. “Não vou impor a minha ideia. Vocês serão chamados sistematicamente”.

Ciro ainda pontuou que pretende realizar reformas estruturantes, como a tributária e da Previdência. Sua ideia é apresentar as propostas ainda nos seis primeiros meses de governo, caso eleito. Para conseguir as aprovações, o candidato promete reestruturar as dívidas dos estados em busca do apoio de governadores. “Não sou o salvador da pátria, preciso de ajuda”, afirmou.

Segundo ele, a oferta aos governadores e prefeitos seria a reestruturação dos passivos dos estados. “São R$ 600 bilhões, que no fluxo leva de 12% a 15% da receita corrente líquida de cada estado. Eu troco com o governador: olha, você vem em apoio às reformas estruturais que o projeto nacional de desenvolvimento vai aproveitar nos seis primeiros meses”, diz.

A reforma do candidato deve tributar mais o patrimônio e a renda, além de desonerar os impostos relacionados ao consumo. Já a mudança da Previdência contempla uma alteração do atual modelo de repartição para um novo de capitalização.

“Só Brasil, Argentina e Venezuela mantêm um sistema de Previdência de repartição cuja lógica de financiamento é a formalidade do mercado de trabalho e a demografia jovem, duas pernas que sumiram da nossa realidade”, justificou.

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