Cirurgias robóticas inéditas no tratamento do câncer de pênis são realizadas na Bahia
O Brasil registrou mais de 1.930 casos da doença
Foto: Imagem ilustrativa
Três cirurgias totalmente robóticas foram realizadas em pacientes da rede pública baiana para a retirada de linfonodos inguinais no tratamento do câncer de pênis. O procedimento pioneiro no Brasil foi feito em parceira da Rede Mater Dei e o Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR).
Apesar de ser menos comum em países desenvolvidos, o câncer de pênis ainda apresenta números preocupantes nos países em desenvolvimento. Somente em 2022, o Brasil registrou mais de 1.930 casos dessa doença, com 25% desses casos exigindo amputação do órgão. Higienização íntima inadequada, casos de fimose e infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) são os principais fatores que contribuem para os altos índice.
O procedimento cirúrgico convencional para a remoção dos gânglios linfáticos inguinais pode causar complicações graves, como infecções, necrose da pele e trombose. Em contrapartida, a cirurgia robótica, que é minimamente invasiva, apresenta maior segurança ao paciente, com menor taxa de sangramentos, menor dor no pós-operatório, maior precisão e recuperação mais rápida, além de reduzir complicações pós-cirúrgicas, como o desenvolvimento de linfedemas.
Atualmente, a cirurgia robótica não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) nem regulamentada pela Agência Nacional de Saúde (ANS), responsável pelos planos de saúde no Brasil. Os procedimentos realizados com o auxílio de robôs ainda são raros no país, com experiências semelhantes em estados como Maranhão e São Paulo.