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Cliente morre esperando decisão do STF e advogada manda recado

Parabéns Ministra Rosa Weber!

Por Da Redação
Ás

Cliente morre esperando decisão do STF e advogada manda recado

Foto: Rosinei Coutinho/STF

Um documento apresentado ao Supremo Tribunal Federal - STF - para relatar a morte de um homem de 80 anos que era parte interessada em processo da Corte, mostra que a justiça só é mesmo feita para poucos. 

Um exemplo, foi recentemente a votação agendada e votada em tempo recorde, que pretende conceder a presos da Operação Lava Jato, benefícios que alguns juristas consideram até inexistentes. Quando se trata de um assunto referente a alguém "comum" pode acontecer como  o caso do aposentado gaúcho Celmar Lopes Falcão, que esperou tanto a Ministra Rosa Weber resolver seu processo, que acabou morrendo. A demora de 11 anos, fez a defensora se revoltar e criticar o  "desprezo" por "fazer dormir um processo por onze anos" e mandar junto as petições, um recadinho nada amistoso para a ministra:

"É com lástima que viemos aos autos juntar a cópia de atestado de óbito de Celmar Lopes Falcão, e dar-lhe os parabéns. Parabéns, Ministra, pela demora! A sociedade está cansada de um judiciário caríssimo e que, encastelado, desconsidera os que esperam pela efetividade e pelo cumprimento das promessas constitucionais”, escreveu a advogada Lílian Velleda Soares na prestação de informações protocolada no Tribunal na última quarta feira, 25. Rosa Weber tornou se relatora do processo sucedendo a ministra Ellen Gracie,quando esta se aposentou em 2011.

A advogada segue sua indignação afirmando ainda que "A ministra encarna o desprezo do judiciário pelo outro" e informa também que as pompas fúnebres dadas ao seu cliente, que sofria por falta de recursos, foram singelas, "sem as lagostas e os vinhos finos pagos com o dinheiro dos impostos arrecadados".

Lilian se referiu a licitação de mais de R$1 milhão de reais que foi anunciada pelo STF para custear as refeições servidas no local.

Procurada a Ministra Rosa Weber não quis se manifestar.

 

Confira a declaração da advogada: 

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