Clientes de planos de saúde registraram 4,7 mil queixas sobre pandemia
No levantamento, 36% estão inconformados sobre exames e tratamento da doença
Foto: Arquivo/Agência Brasil
Os clientes de planos de saúde registraram 4.701 queixas relacionadas à pandemia do novo coronavírus na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre o ínicio de março e o dia 15 de junho, de acordo com a segunda edição do Boletim Covid-19, divulgado nesta segunda-feira (22) pela agência reguladora. Os dados não incluem qualquer análise de mérito sobre possíveis infrações nos serviços oferecidos.
No levantamento, 36% estão inconformado sobre os exames e tratamento da doença e 43% reclamavam de outras assistências afetadas pela pandemia. Outros 21% foram sobre temas não assistenciais, como contratos ou regulamentos.
As reclamações sobre dificuldades no tratamento ou exames de covid-19 seguem em trajetória de aumento desde abril. Na primeira quinzena de junho, foram 452 queixas, contra 352 na segunda quinzena de maio e 317 nos primeiros 15 dias de maio.
Além disso, o boletim informa dados sobre tempo e custo de internação de pacientes por covid-19 na saúde suplementar. Para esses dados, a agência decidiu usar uma mediana, valor que separa a metade maior e a metade menor.
O boletim diz que a mediana de dias de internação na UTI passou de 10,9 dias em abril para 12 dias em maio, o que elevou o custo por internação de R$ 40.477,00 para R$ 48.150,00 Também contribuiu o encarecimento da diária de internação, que subiu de R$ 3.714,00 para R$ 4.013,00.
Nos leitos comuns, a mediana de dias de internação também subiu, de 5,1 para 5,8 dias. O custo por diária aumentou de R$ 1.611,00 para R$ 1.808,00, e o custo total por internação, de R$ 8.133,00 para 10.393,00.