Clube italiano é punido por ofensas racistas por parte da torcida contra Balotelli

Somente dois dias depois do episódio de racismo contra o atacante Mario Balotelli, o Tribunal Disciplinar do Campeonato Italiano anunciou nesta terça-feira (5), que punirá o Verona após as atitudes da torcida contra o jogador no último fim de semana em duelo contra o Brescia. O clube italiano deverá jogar a próxima partida em casa contra o Fiorentina, no próximo dia 24 de novembro, com um setor das arquibancadas do estádio Marcantonio Bentegodi fechado.

Outra pessoa responsável por atacar o atacante italiano foi o líder dos ultras do Verona, considerada a parte mais violenta da torcida do clube, Luca Catellini. Ele criticou a atitude do jogador de chutar a bola na direção da arquibancada e posteriormente ter ameaçado deixar o gramado. O torcedor também defendeu a atitude dos espectadores da partida e retificou que o atacante não é "italiano de verdade". As declarações de Catelini renderam o banimento dele pela diretoria do clube de adentrar ao estádio do time pelos próximos 11 anos.

Balotelli é filho de pais ganeses e nasceu em Palermo, na Itália, mas foi adotado por uma família italiana aos três anos de idade. O jogador respondeu o polêmico torcedor nas redes sociais o chamando de "baixo", por "estar insinuando sobre situações sociais e históricas maiores que ele".

Relembre o caso

Durante a realização da partida entre Hellas Verona e Brescia, atual clube de Balotelli, parte dos torcedores do clube da casa direcionaram cânticos racistas para o atacante italiano. Revoltado, o jogador pegou a bola e chutou na direção da torcida e ameaçou deixar o gramado, mas foi convencido pelos companheiros de equipe a seguir em campo. Na partida, o "Super Mario" marcou um golaço, mas o Brescia foi derrotado por 2 a 1.