CNC aponta queda no endividamento geral, mas inadimplência cresce entre os mais pobres
Dados apontam 76,9% das famílias com dívidas no Brasil em outubro desse ano
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Conforme dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgados na última terça-feira (5), o endividamento recuou e atingiu 76,9% das famílias brasileiras em outubro de 2024.
Por outro lado, o estudo constata que a taxa de inadimplência subiu novamente, atingindo em 29,3% no mês, a maior desde outubro de 2023. Para as famílias em situação de pobreza extrema, a taxa de inadimplência é drástica, avançando para 37,7%. Vale lembrar que o endividamento abrange casos de pessoas que contraem dívidas, mesmo que as contas sejam quitadas. Já inadimplente é a condição de quem possui débitos em atraso.
"A dependência de crédito em um cenário de juros elevados torna a quitação de dívidas um desafio ainda maior para as famílias mais pobres", explica José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac à CNN Brasil.
"Acreditamos que, com medidas voltadas para a redução de gastos públicos, é possível abrir espaço para uma possível queda dos juros, o que traria um alívio significativo para os consumidores e para a economia como um todo", acrescenta.