CNM: 62,3% dos gestores pretendem manter o uso obrigatório de máscaras após vacinação
Além disso, quase 100% afirmam manter comunicados a respeito da necessidade e da importância do equipamento
Foto: Reprodução/Banco de Imagens
A 27ª pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontou que 62,3% dos gestores municipais pretendem manter o uso obrigatório de máscaras mesmo após a vacinação de toda a população. Além disso, quase 100% afirmam manter comunicados a respeito da necessidade e da importância do equipamento. Apenas 3,2% municípios afirmam que devem flexibilizar o uso da máscara após a vacinação. Outros 32,7% ainda não decidiram sobre a manutenção da obrigatoriedade.
Para a pesquisa, foram ouvidas, entre os dias 27 e 30 de setembro, 2.165 prefeituras.
Sobre o uso de máscaras em lugares coletivos, o levantamento aponta que 96,9% dos municípios obrigam o uso do equipamento, e 96,1% nos ambientes públicos.
No caso de descumprimento da obrigatoriedade, 38,2% das prefeituras afirmam ter instituído punições e 59,6% não instituíram infrações para o não uso de máscaras nos locais obrigatórios. Em relação à primeira edição da pesquisa, publicada em março deste ano, um afrouxamento nas medidas restritivas foi apontado, hoje, apenas 40,8% dos municípios afirmam manter regime diferenciado de circulação ou para atividades econômicas.
Casos e óbitos
De acordo com os dados, cerca de 74,3% dos municípios não registraram mortes por Covid-19 nesta semana. Em número de contaminações, 26,9% afirmaram ter registrado crescimento de casos confirmados, 27,4% não registraram nenhum caso da doença e 28,6% apontam estabilidade. Além disso, as internações pela doença também não acontecem mais em 59,4% dos municípios que participaram desta edição da pesquisa.
Campanha de imunização
Sobre a vacinação, 80% dos municípios avançaram e já vacinam adolescentes sem comorbidades a partir dos 12 anos; outros 19,5% vacinam a população entre 18 e 24 anos; além disso, 79,5% das prefeituras já começaram a aplicar a dose de reforço na população idosa. A, recomendada pelo Ministério da Saúde (MS), ainda não foi iniciada em 19,3% das localidades.
Sobre a população vacinada com a primeira dose, a pesquisa identificou que em 39,3% dos Municípios esse percentual é de 90%; em 44,7% a vacina já foi aplicada entre 70% e 90% da população acima de 18 anos; e cerca de 12% a primeira dose foi aplicada entre 50% e 70% das pessoas. Já com a segunda dose, apenas 1% dos Municípios atingiu a marca de 90% de vacinação; 12% vacinaram entre 70% e 90%; 45% aplicaram a segunda dose na população entre 50% e 70%; e 35% aplicaram doses entre 30% e 50% do grupo acima de 18 anos.
A pesquisa também perguntou se havia pessoas que já poderiam ter sido vacinadas, mas optaram pela não imunização, situação identificada por 76,5% dos Municípios. Segundo o levantamento, os Municípios estão realizando diversas ações para a conscientização das pessoas em relação à importância da imunização. Entre essas, 63,7% estão realizando busca ativa, 55,4% campanhas na imprensa local; e somente 1,2% não realizam nenhuma ação.
Falta de imunizantes
Sobre os imunizantes, cerca de 18% dos municípios entrevistados informaram que faltaram doses para seguir com a vacinação e 78,4% não registraram a falta de nenhum imunizante. Dos que afirmaram a falta de vacina,47,9% faltou para a primeira dose.
Além disso, a CNM questionou se em algum momento da vacinação contra a Covid-19, os gestores precisaram fazer a chamada intercambialidade, quando se toma uma primeira dose de uma determinada marca de vacina e a segunda de outra marca. De acordo com a pesquisa, essa prática já ocorreu em 28,6% dos municípios, os outros 71,4% afirmaram não ter realizado essa troca.