Codesal: Salvador encerra ano sem registro de vítimas fatais em áreas de risco pelas chuvas

Segundo dados da Defesa Civil de Salvador (Codesal), mesmo com as precipitações elevadas causadas pelas mudanças climáticas, Salvador encerrou o ano de 2021 sem registro de vítimas fatais nas comunidades que vivem em áreas de risco. 

O mês de dezembro bateu recordes nos acumulados de chuvas quando comparado a períodos anteriores, sendo o mês mais chuvoso dos últimos 32 anos. O acumulado no mês foi de 371,6mm de chuvas, segundo registros da estação pluviométrica de Ondina e dados do Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cemadec).

Já nas precipitações, 2021 foi o terceiro ano mais chuvoso dos últimos 11 anos com 2.147,4mm de acumulados de chuvas, ficando atrás apenas de 2011 (2.169,4mm) e 2020 (2.297,1mm). Em 2021, a Codesal realizou 10.105 vistorias, sendo as mais frequentes orientação técnica (2750), ameaça de desabamento (2187), ameaça de deslizamento (2113) e deslizamento de terra (672).

“Foi um ano desafiador, mas também exitoso nas operações da Defesa Civil de Salvador. Tivemos muitas demandas de vistorias, mas com o trabalho continuado e articulado com os demais órgãos e secretarias do SMPDC conseguimos o sucesso de nossa missão que é o de salvar vidas”, afirmou o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo.

O acumulado de chuvas em Salvador entre março a junho foi de 614,4mm, 37,17% inferior ao normal do período, de 977,9mm, segundo dados aferidos pela estação pluviométrica de Ondina, operada pelo Inmet, e pelo o Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cemadec). Em 2020, a estação registrou 1.540,5 mm, cerca de 58% acima da normal climatológica.

Já abril foi marcado por períodos de intensas chuvas que chegaram a quase o dobro do normal para o mês (295,7mm), com 533,2mm registrados.

Evacuação de áreas

Em abril, foram acionadas nove sirenes do Sistema de Alerta e Alarme da Operação Chuva, em oito localidades. Sendo cinco localidades no dia 09 do mês: Castelo Branco/Moscou, Alto da Terezinha/Mamede, Sete de Abril/Bosque Real, Calabetão e Bom Juá. E outras três no dia seguinte: Lobato/Voluntários da Pátria, Capelinha/Vila Picasso e São Caetano/Baixa do Cacau.

No período, 155 pessoas foram evacuadas das casas em que moram e conduzidas a abrigos instalados em nove escolas municipais das regiões atingidas.