'Colômbia' ordenou assassinato de Dom e Bruno, diz Policia Federal
Indigenista brasileiro e jornalista britânico haviam desaparecido no Vale do Javari em junho de 2022
Foto: Divulgação | Funai | Reprodução/Twitter
Ao contrário do que foi massivamente divulgado e chegou a ser mote de campanha da oposição, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro nada teve a ver com as mortes do indigenista Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips. A Polícia Federal (PF) no Amazonas afirmou na última semana que os assassinatos, ocorridos em 5 de junho de 2022 tiveram um mandante.
De acordo com o ex-superintendente da PF Eduardo Fontes, que esteve no cargo durante a maior parte das investigações, o caso está 90% concluído e há "indícios veementes" de que Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, é o mandante dos crimes.
Villar é suspeito de liderar uma organização criminosa de pesca ilegal na região da Terra Indígena Vale do Javari, na fronteira do Brasil com Peru e Colômbia. O traficante foi preso pela Polícia Federal em julho de 2022, enquanto as investigações sobre os assassinatos de Dom e Bruno ocorriam.
Ele chegou a ser solto sob o pagamento de fiança de R$ 15 mil, em outubro, mas descumpriu algumas determinações de liberdade provisória e voltou para a prisão.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), os executores foram Amarildo Oliveira, o Pelado; seu irmão Oseney de Oliveira, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha
Caso
O indigenista brasileiro Bruno Araújo e o jornalista britânico Dom Phillips haviam desaparecido no Vale do Javari, na região da Amazônia, em junho de 2022.
Após o caso ganhar repercussão, diversas figuras públicas, ambientalistas, ativistas, artistas e políticos foram a público cobrar providências urgentes para a busca da dupla.