Com acordo da Pfizer em 2020, Brasil teria hoje 8 milhões a mais de vacinados
CEO da Pfizer revelou que três cartas com ofertas foram ignoradas pelo governo brasileiro
Foto: Reprodução/Getty Images
Caso o governo brasileiro tivesse fechado o acordo de compra de vacinas do laboratório Pfizer em 2020, hoje o país teria quase 40% da população imunizada com pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19, o que corresponde a cerca de 8 milhões de pessoas. A estimativa foi calculada pelo Instituto Infrotracker, da Universidade de São Paulo, junto ao UOL.
Em depoimento à CPI da Covid, o CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou que a empresa teve três cartas com ofertas de vacinas ignoradas pela gestão do presidente Jair Bolsonaro em agosto e novembro do ano passado, e em fevereiro deste ano.
Se o acordo fosse assinado, segundo Carlos Murillo, o Brasil teria o seguinte cronograma de recebimento de doses da vacina:
1,5 milhão de doses em dezembro de 2020;
3 milhões no primeiro trimestre 2021;
14 milhões no segundo trimestre 2021;
26,5 milhões no terceiro trimestre 2021;
25 milhões no quarto trimestre 2021.
Ao todo, até a última terça-feira (19), 39,3 milhões de pessoas receberam ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19, tanto da CoronaVac, quanto da Oxford/AstraZeneca, o que equivale a 18,85% da população.