Saúde

Com baixa imunização, sarampo aumenta 18% em 2022

OMS e CDC alertam que crianças são maiores vítimas

Por Da Redação
Ás

Com baixa imunização, sarampo aumenta 18% em 2022

Foto: Divulgação/OMS

Um relatório conjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), divulgado nesta sexta-feira (17), aponta um aumento de 18% nos casos de sarampo em 2022, com uma alta de 43% nas mortes em todo o mundo em comparação com o ano anterior. O aumento desses casos pode ser associado aos anos de declínio na cobertura de vacinação.

Estima-se ainda que tenham ocorrido 9 milhões de casos de sarampo, resultando em 136.000 mortes, principalmente entre crianças. No ano anterior, 37 países enfrentaram surtos ou disruptivos de sarampo, em comparação com 22 nações em 2021. Destes países afetados, 28 estavam na Região da OMS para a África, seis no Mediterrâneo Oriental, dois no Sudeste Asiático e um na Região Europeia.

O diretor da Divisão Global de Imunização do CDC, John Vertefeuille, explica que o aumento nos surtos e mortes por sarampo é alarmante, mas destaca que “infelizmente não é inesperado”, com a queda nas taxas de vacinação dos últimos anos. Segundo ele, casos da doença em qualquer lugar representam um risco para todos os países e comunidades onde as pessoas não estão imunizadas. 

Embora tenha ocorrido um aumento modesto na cobertura global de vacinação em 2022 em relação a 2021, ainda houve 33 milhões de crianças que perderam uma dose da vacina contra o sarampo. 

Imunização 

Os países de baixa renda, onde o risco de morte por sarampo é maior, continuam a ter as taxas de imunização mais baixas, apenas 66%, um índice que não apresenta recuperação alguma do retrocesso durante a pandemia. Dos 22 milhões de crianças que perderam a primeira dose da vacina contra o sarampo em 2022, mais da metade vive em apenas 10 países: Angola, Brasil, República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Madagascar, Nigéria, Paquistão e Filipinas.

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