Com greve de servidores, BC tem planos de contingência para serviços essenciais
A paralisação dos funcionários deve ter início em 1º de abril
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Em nota publicada nesta terça-feira (29), o Banco Central (BC) informou que tem planos de contingência para manter o funcionamento de serviços essenciais mesmo com a greve dos servidores. A previsão é de que os funcionários comecem a paralisação a partir da próxima sexta-feira (1º).
Na publicação, o órgão assegurou o funcionamento de operações de mercado e de sistemas como o Pix, o Sistema de Transferência de Reservas (STR) e o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).
Além disso, a autarquia também informou reconhecer o direito dos servidores de promoverem manifestações organizadas e alegou confiar na dedicação, qualidade e responsabilidade dos servidores e do compromisso deles com a instituição e com a sociedade.
Nesta segunda-feira (28), os funcionários do BC aprovaram a paralisação por tempo indeterminado, com início previsto a partir de 1º de abril. Na greve, a categoria pede a extensão dos aumentos aprovados para os policiais federais no Orçamento de 2022.
Paralisações diárias aconteciam das 14h às 18h desde o último dia 17. Já desde o início do ano, os servidores do órgão vinham trabalhando em esquema de operação-padrão, com as equipes trabalhando mais lentamente, e atrasando a divulgação de indicadores.
Dentre as partes afetadas estiveram o boletim Focus (pesquisa com instituições financeiras) e as respostas do questionário que antecedem as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), que saíram com atraso. O órgão comunicou também que não divulgará diversas estatísticas mensais previstas para esta semana, como os relatórios de contas externas, do mercado de crédito e sobre as contas públicas.