Com o intuito de conter subnotificações, SP investiga 20 mortes fora da lista oficial
Autoridades têm se preocupado com o número oficial de casos

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O número oficial de casos confirmados do novo coronavírus tem aumentado, mas as autoridades têm tido dificuldade para manter atualizadas as estatísticas. Em São Paulo, onde há ao menos 20 mortes de pessoas possivelmente vítimas da Covid-19, a avanço da doença tem aumentado a preocupação com possível subnotificação dos casos.
“Se alguém apresenta síndrome respiratória aguda (SARA) deve ser identificado como suspeito para a Covid-19. Mas isso nem sempre é feito. Tem um delay (demora) e às vezes os hospitais não fazem a notificação. Isso porque eles se preocupam primeiro em tratar os pacientes. Mas estamos trabalhando intensamente para não ter subnotificação”, pontuou o coordenador de Controle de Doenças do governo paulista, Paulo Menezes.
Para dirimir essas questões, o estado de São Paulo trabalha para reduzir a sobrecarga de exames de diagnóstico no Instituto Adolfo Lutz, onde a fila atualmente é de cerca de 8 mil amostras para análise.
“Existe um alarmismo, como se a gente não tivesse o controle da situação. Mas posso afirmar que trabalhamos com transparência no estado, na prefeitura e no SUS. Não posso admitir que digam que escondemos dados e que a subnotificação atrapalhe o nosso planejamento”, afirmou Menezes.
Ainda assim, o debate sobre a subnotificação dos casos de Covid-19 está aberto no país. Não por acaso, há casos de municípios que registraram mortes de pacientes com síndrome respiratória aguda e que até hoje não têm diagnóstico confirmado ou descartado pelo Instituto Adolfo Lutz.