Economia

Com pandemia, R$ 12 bilhões deixaram de ser investidos no Brasil

Segundo consultoria, crise econômica vai reduzir em 10% novos aportes em infraestrutura

Por Da Redação
Ás

Com pandemia, R$ 12 bilhões deixaram de ser investidos no Brasil

Foto: Reprodução

Com a crise econômica causada pela pandemia da Covid-19, doença do novo coronavírus, os investimentos públicos foram espremidos pela crise fiscal e a agenda de concessões deverão somar R$ 124,6 bilhões neste ano, quase o mesmo valor de 2019, quando marcou R$ 121,4 bilhões, segundo o estudo da consultoria Inter.B, obtido pelo Estadão. E com a pandemia, o valor poderá ser diminuído em torno de 10%, ou seja, R$ 12 bilhões que não serão investidos no Brasil por causa de interrupções ou adiamentos. 

Pela projeção da consultoria, os investimentos em infraestrutura atingirão 1,77% do Produto Interno Bruto (PIB), percentual longe do considerado o ideal. O Inter.B sugere que o Brasil precisaria investir, por ano, 4,24% do PIB em estradas, portos, ferrovias, linhas de transmissão, saneamento e telecomunicações. Se esse percentual fosse atingido, significaria o desembolso de R$ 174 bilhões só neste ano.

Embora a regulação tenha avançado mesmo com a pandemia, com destaque para o novo marco do saneamento, o cronograma de leilões sofreu atrasos, assim como algumas obras. O plano era conceder sete trechos rodoviários federais, mas o número caiu para três. Para a próxima rodada de aeroportos, que inclui 22 terminais e está prevista para março de 2021, foi preciso revisar cálculos.

A ABCR, associação das concessionárias de rodovias, estima que a queda no fluxo nas praças de pedágios já levou a perdas de R$ 1,2 bilhão. Isso atinge o caixa das concessionárias, tirando o fôlego para investir.

Para o presidente da ABCR, César Borges, as concessionárias tentam guardar caixa para os leilões pós-pandemia. Segundo o relatório americano Citi, a CCR estaria mais bem capitalizada para aproveitar os próximos leilões do que a Ecorodovias.
 

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