Com quatro tragédias climáticas em menos de 1 ano, RS soma mais de 100 mortes
Em 2023, três eventos ocorreram em junho, setembro e novembro deixando 75 mortos
Em menos de um ano, quatro desastres climáticos atingiram o estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Em 2023, três eventos ocorreram em junho, setembro e novembro deixando 75 mortos. Até o início desta sexta (3), já haviam 32 mortos e 60 desaparecidos.
Além dos mortos e desaparecidos, 36 pessoas ficaram feridas. A Defesa Civil soma cerca de 14,8 mil pessoas fora de casa, 4.645 pessoas em abrigos e 10.242 desalojados (na casa de familiares ou amigos). Ao todo, 154 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 71,3 mil pessoas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), reconhece o que aconteceu com o Rio Grande do Sul nos dias 15 e 16 de julho de 2023, como ciclone extratropical. Com a subida repentina da água dos rios, pessoas morreram afogadas nas próprias casas. O desastre teria vitimado 2 milhões de pessoas, deixando 3,2 mil pessoas desabrigadas e 4,3 mil desalojadas com destruição em mais de 40 cidades.
Um mês com calor acima do normal, acompanhado da chegada de uma frente fria, vitimou 16 pessoas, de acordo com o chefe do Departamento de Geografia da UFRGS, professor Francisco Eliseu Aquino. A Região Metropolitana, Litoral Norte e parte da Serra foram as áreas mais afetadas.
As enchentes que deixaram 54 mortos no RS em setembro de 2023. Foi considerado o maior desastre natural da história do Rio Grande do Sul, e até aquele período afetou especialmente o Vale do Taquari. O fenômeno teve origem, no dia 4 de setembro de 2023, a partir de um sistema de baixa pressão vindo do Paraguai. Até o momento, há quatro desaparecidos.
Há uma diferença entre o fenômeno visto em setembro e o desta semana, o de 2023 ocorreu a partir de um ciclone extratropical e as chuvas caíram de forma muito concentrada e rápida, com fortes rajadas de vento; agora há uma persistência da chuva.
Após o episódio que devastou o Vale do Taquari, os grandes volumes de chuva vitimaram cinco pessoas. Ao menos 28 mil pessoas precisaram deixar as residências a partir de 17 de novembro. Os transtornos ocorreram especialmente próximos ao Rio Taquari, na Serra e Região Metropolitana de Porto Alegre. Esse evento climático está associado a sucessivas áreas de instabilidade e a passagem de frentes frias, que provocaram chuvas um pouco mais brandas, de acordo com a técnica pelo Núcleo de Informação Meteorológicas da Univates, Maria Angélica Gonçalves.
Os temporais desde o dia 29 de abril de 2024, já deixaram 32 pessoas mortas, segundo dados da Defesa Civil acrescida de órgãos locais, como Corpo de Bombeiros, prefeituras e Brigada Militar. As áreas mais atingidas são as regiões Central, dos Vales, Serra e Metropolitana de Porto Alegre.
Há 60 desaparecidos e 14,8 mil pessoas fora de casa, sendo 4.645 pessoas em abrigos e 10.242 desalojados. Dos 496 municípios do estado, 154 registraram algum tipo de transtorno. De acordo com Maria Angélica, o evento pode ser o maior evento de cheia do Vale, ultrapassando a de 1941 e 2023.