Com saída de Lupi, bancada do PDT na Câmara deixa base aliada de Lula
Decisão foi unânime entre os parlamentares em reunião nesta terça-feira (6)

Foto: Reprodução/Youtube @ptbrasil
A bancada do Partido Democrático Trabalhista (PDT) na Câmara dos Deputados decidiu, em reunião nesta terça-feira (6), deixar a base aliada do governo do presidente Lula (PT). Conforme informações do líder do partido, Mário Heringer (PDT-MG), a decisão foi unânime entre os parlamentares.
Ainda segundo Mário, a distância acontece após insatisfação com as expectativas para as eleições de 2026, além do tratamento petista pelo partido.
O afastamento político ocorre depois que o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, presidente licenciado do PDT, pediu demissão do cargo devido à repercussão de uma suposta fraude milionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Com isso, o líder do Senado Federal, Weverton Rocha (MA), afirmou que seguir a escolha do partido na Câmara seria um "desembarque mais difícil". O político deve manter conversas com as senadoras Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF) sobre o episódio, visto que o trio citado faz parte do PDT no Senado, que contém 81 parlamentares.
O número se torna mais expressivo na Câmara dos Deputados, onde o partido ocupa 17 cadeiras de 513 deputados.
Fraude e crise no Ministério da Previdência
Investigações da Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU) apontam que foram descontados R$ 6,3 bilhões ilegalmente entre 2019 e 2024, mas o governo ainda calcula quanto disso foi descontado ilegalmente.
• Carlos Lupi pede demissão do ministério da Previdência em meio a escândalo no INSS
O escândalo levou à demissão do ex-ministro da pasta, Carlos Lupi. Com isso, o então secretário executivo da Previdência, Wolney Queiroz, foi escolhido por Lula para substituir Lupi no comando da pasta.
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