Com transporte público em colapso, Bruno Reis volta a falar de aumento na tarifa
Prefeito afirmou que irá debater se haverá aumento de tarifa após desfecho da intervenção de uma das concessionárias do serviço
Foto: Gilberto Júnior / Farol da Bahia
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), voltou a falar sobre a possibilidade de aumento na tarifa de ônibus na capital baiana, mesmo com a crise que afeta o transporte público coletivo e a manutenção da frota abaixo dos 100%.
No entanto, adiantou que intervenção em uma das concessionárias do serviço de transporte público de Salvador terá um desfecho final em fevereiro e que após isso irá debater se haverá aumento de tarifa.
"O transporte público está em crise no Brasil e aqui na Bahia. Em salvador temos que tomar uma decisão quanto à intervenção em curso, uma decisão final que deve ocorrer em fevereiro. Vamos decidir se vamos renovar, contratar emergencialmente outra empresa ou decretar caducidade. Vencida essa etapa é que vamos iniciar processo de discussão da tarifa", afirmou.
Bruno disse ainda que se a empresa de ônibus "fizer jus ao aumento e tiver cumpridas obrigações" poderá ter o reajuste, que é "contratual". "O usuário paga um valor alto para um transporte precário, que é também a realidade em todo Brasil", completou.
De acordo com o prefeito, uma visita em Brasília está prevista para fevereiro junto com os prefeitos de outras capitais para cobrar a derrubada do veto presidencial ao socorro ao transporte público no país.
"Conversei com os senadores Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre, e com o prefeito Sartro (Fortaleza); vamos começar um movimento. Vamos a Brasília no início de fevereiro, fazer um apelo para que possamos vencer a questão do transporte público. O Município não tem condição de subsidiar; aí vem retomada das aulas, que aumenta o problema. Temos sempre que manter [o transporte] acima dos passageiros transportado para diminuir as aglomerações, e isso tem uma conta. Ano passado foi de R$ 100 milhões. Este mês pagamos R$ 11 milhões e em fevereiro será R$ 14 milhões. Temos R$ 40 milhões comprometidos e a prefeitura não suporta, não temos condições de subsidiar o transporte público", explicou.