Comandante da PM-BA, Paulo Coutinho, afirma que tropa só atuou após PM com surto atirar contra os colegas

Após receber críticas sobre a atuação da Polícia Militar no enfrentamento da situação que ocorreu durante a tarde e a noite desse domingo (28), onde um PM sofreu um ataque psíquico e foi atingido pelos colegas de profissão, o comandante-geral da PM, Paulo Coutinho, rebateu e afirmou que os policiais só atuaram contra o soldado quando foram alvos dos disparos de fuzil feito pelo homem.

"As imagens falam por si só. Eu gostaria de deixar bem claro que enquanto os disparos não ofereciam riscos para a tropa e para as pessoas que circulavam, a nossa tropa ficou impassível, no sentido de proteger com integridade o provocador que era integrante das nossas filiais. Sempre temos esse cuidado", diz ele ao pontuar que a conduta seguiu protocolos internacionais.

De acordo com Coutinho, todas as alternativas foram efetivadas pelos policiais na tentativa de mobilizar o soldado que teve o surto, mas que ele estava armado com um equipamento de grande poder de letalidade e, por isso, houve a necessidade de atuar na contenção dos disparos. "Teve-se o cuidado de fazer uma contenção desses disparos e também de executar os disparos em membros, com o objetivo de não atingir ninguém. Mas, infelizmente, houve um algum disparo que levou a fatalidade", pontua, durante uma coletiva de imprensa no Centro Administrativo da Bahia (CAB) nesta segunda-feira (29).

Segundo Coutinho, a Polícia Militar tem uma equipe de psicólogos e, por determinação do governador da Bahia, Rui Costa (PT), foram reforçados 20 psicólogos clínicos para atendimento de policiais militares em toda a região do Estado.