Comer morango pode ajudar a prevenir o Alzheimer, aponta pesquisa
A pesquisa analisou o cérebro de 575 pessoas que faleceram com cerca de 90 anos e não tinham Alzheimer
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O morango é conhecido por possuir uma vasta quantidade de vitamina C e auxiliar na perda de peso devido à sua função anti-inflamatória e antioxidante. Porém, pesquisadores afirmam que as propriedades da fruta também podem auxiliar na prevenção de doenças degenerativas como o Alzheimer.
De acordo com um estudo realizado por estudiosos da Rush University, nos Estados Unidos, e publicado na revista Journal of Alzheimer’s Disease, pessoas com mais de 65 anos que ingeriam morangos com regularidade apresentaram menos proteína Tau no cérebro. O excesso do composto está relacionado à demência em adultos.
A pesquisa analisou o cérebro de 575 pessoas que faleceram com cerca de 90 anos e não tinham Alzheimer. As observações foram feitas ao longo de duas décadas e começaram quando os voluntários ainda estavam vivos. Durante o acompanhamento, os idosos preencheram questionários anualmente a respeito de seus hábitos alimentares e habilidades cognitivas.
“Suspeitamos que as funções anti-inflamatórias da pelargonidina podem diminuir inflamações do sistema neurológico, o que reduz a produção de citocina”, afirmou a neuropatologista Julie Schneider, que conduziu o estudo. As citocinas são proteínas produzidas por células que podem desencadear respostas inflamatórias.
A baixa qualidade de sono, infecções e estresse também são fatores de risco para o Alzheimer, que podem ser desencadeados por inflamações cerebrais. Segundo os cientistas, pequenas mudanças nutricionais podem resultar em benefícios à saúde na velhice.
Os pesquisadores explicam que, apesar de o papel da alimentação não ser bem compreendido nos estudos sobre a demência, a nova pesquisa sugere que componentes como o morango e outras frutas vermelhas, como amoras e mirtilo, podem auxiliar na saúde cerebral.