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Comércio de carne vai aumentar, diz Joesley Batista, que participou de viagem de Lula à Ásia

Joesley destacou que o Brasil, até então, não era "bem conectado" na região da Ásia, algo que, para ele, começa a mudar

Por FolhaPress
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Comércio de carne vai aumentar, diz Joesley Batista, que participou de viagem de Lula à Ásia

Foto: Michael Melo/Metrôpoles

O empresário Joesley Batista, dono da JBS ao lado do irmão, Wesley Batista, afirmou que as ações do governo brasileiro no Sudeste Asiático farão com que aumente a exportação de carne no Brasil.

"A gente vende bastante aqui. A gente vende dos Estados Unidos, vende da Austrália, não vendia do Brasil. Agora está começando a vender", disse ele à reportagem. "Vai aumentar muito o negócio aqui, o comércio aqui. Essa região está crescendo muito".

Joesley participa da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Sudeste Asiático ao lado de um grupo de mais de 100 empresários que vieram à Indonésia e à Malásia para encontros com o governo local e outros empreendedores. Só do setor de carne, foram representantes de cerca de 22 empresas na primeira parada e 10 na segunda.

Lula está em Kuala Lumpur, capital malaia, para participar como convidado da cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático, em português), onde também se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir as tarifas impostas ao Brasil.

Joesley foi um dos articuladores do encontro entre os presidentes quando foi recebido por Trump para uma audiência em que o tema foram as tarifas impostas sobre os produtos vendidos pelo Brasil, conforme revelou a Folha. O empresário teria dito que as diferenças comerciais poderiam ser resolvidas em um diálogo entre os dois governos.

A viagem presidencial também tinha como objetivo a expansão de mercados na região para diminuir a dependência brasileira nos EUA e diversificar as fontes de receita.

O tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi de 50% sobre as carnes, produto no qual a JBS é líder global. O empresário, porém, produz também em outros países, como os próprios EUA, e a carne brasileira foi destinada a outros mercados, como o México.

Joesley destacou que o Brasil, até então, não era "bem conectado" na região da Ásia, algo que, para ele, começa a mudar.

Seu irmão, Wesley, assinou um memorando de entendimento entre o fundo soberano indonésio Persero e a JBS sobre a exploração e negociação de planos de transação. Também foi realizada uma parceria entre a empresa estatal de eletricidade PLN e o grupo empresarial da família J&F.

A visita de Estado à Malásia abriu o comércio de ovo em pó, pescado de cultivo e extrativo, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Favaro. O governo também negociou uma auditoria para o mercado de suínos, marcada para o dia 19 de novembro, e a revisão do protocolo sanitário malaio para a venda de frango.

Antes, após um caso de febre aviária, como o que aconteceu no Brasil em maio, as autoridades malaias determinavam uma pausa de 12 meses para retomar o comércio com o país em que foi detectada a doença. Com o novo acordo, esse prazo cai para três meses.

Agora, avicultores brasileiros já podem retomar a exportação de frango para a Malásia.

"Então, assim, olha, um balanço muito positivo. Além disso, sem sombra de dúvida, a oportunidade do encontro do presidente Lula com o presidente Trump. Evoluindo esse processo com o acordo entre o Brasil e os Estados Unidos, vai ser bom para o agro, vai ser bom para todo mundo", disse Favaro à Folha.

A presença do empresariado foi frequente nos eventos parte da agenda oficial de Lula. Em sua primeira parada da viagem em Jacarta, na Indonésia, o presidente participou de uma reunião com empreendedores brasileiros e indonésios.

Na Malásia, os compromissos foram semelhantes. O petista participou da cúpula empresarial da Asean e de evento da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) que reuniu empreendedores brasileiros e malaios.

Para Julio Ramos, diretor de assuntos estratégicos na Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), o setor acredita na relação com o sudeste asiático e apoia iniciativas que permitem a apresentação dos produtos brasileiros a possíveis importadores.

"Foi muito positivo, a Indonésia tem se tornado também um grande mercado. Recentemente habilitaram alguns frigoríficos, foi aberto o mercado de miúdos para o Brasil. Então, o Brasil acredita muito nessa relação, nessas parcerias comerciais porque, querendo ou não, isso reflete no próprio Brasil com a geração de emprego", disse ele, que também participou das viagens ao lado do governo brasileiro.

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