Comércio na Bahia cresceu em número de unidades, trabalhadores e receita bruta entre 2020 e 2021, aponta IBGE
O setor viu sua receita bruta de revenda aumentar e o estado ganhou participação no valor na região Nordeste
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Depois de registrar forte queda na passagem de 2019 para 2020, ano de início da pandemia da Covid-19, o comércio baiano viveu um ano de expansão em 2021. Tanto o número de estabelecimentos comerciais quanto o total de trabalhadores que eles empregam voltaram a crescer na Bahia. Além disso, o comércio viu sua receita bruta de revenda aumentar nesse período, e o estado ganhou participação no valor gerado pelo setor na região Nordeste.
No ano de 2021, havia 87.263 unidades locais comerciais ativas e com receita de revenda na Bahia. Este número representou um aumento de 11,1% em relação a 2020, quando havia 78.544 estabelecimentos comerciais, e significou um saldo de mais 8.719 unidades comerciais funcionando, em um ano.
O crescimento absoluto foi o terceiro maior entre as unidades da Federação, abaixo apenas do apresentado em São Paulo (21.301 unidades) e Santa Catarina (12.581). Em termos percentuais, o crescimento baiano (11,1%) foi o 13º maior do país, no período. Entre 2020 e 2021, no Brasil como um todo, o número de unidades locais de empresas comerciais voltou a crescer (5,3%) após sete anos seguidos em queda, passando de 1.486.837 para 1.565.802, o que significou mais 78.965 estabelecimentos.
Na passagem de 2020 para 2021, no Brasil como um todo, o número de unidades locais de empresas comerciais voltou a crescer (5,3%) após sete anos seguidos em queda, passando de 1.486.837 para 1.565.802, o que significou mais 78.965 estabelecimentos.
A Bahia se manteve, em 2021, como o sétimo estado em número de unidades locais de empresas comerciais e o líder do Norte-Nordeste nesse indicador. No entanto, mesmo com o resultado positivo, em 2021, o setor empresarial comercial baiano ainda estava 14,7% menor do que em 2014, quando havia 102.255 unidades comerciais no estado. O saldo negativo nesse período ficou em menos 14.992 estabelecimentos ativos no estado.
Esse crescimento no número de unidades locais comerciais na Bahia, entre 2020 e 2021, levou também ao aumento no número de trabalhadores no setor. Em 2021, 469.172 pessoas estavam ocupadas nos estabelecimentos comerciais ativos no estado, frente a 435.409 em 2020. Isso significou mais 33.763 pessoas trabalhando nas empresas do setor em um ano (7,8%).
A Bahia também teve o quarto maior aumento absoluto no número de trabalhadores no comércio, no período, atrás apenas de Minas Gerais (62.321 empregados), São Paulo (60.261) e Santa Catarina (44.127). Em termos percentuais, o estado apresentou o oitavo maior crescimento.
Receita bruta na Bahia
Além de ter crescido em tamanho e ampliado a geração de trabalho, o setor empresarial comercial baiano teve, de 2020 para 2021, relevante crescimento na receita bruta de revenda e ganhou participação na receita gerada no Nordeste. Em valores correntes de cada ano (não corrigidos), a receita bruta de revenda da unidades locais do comércio na Bahia aumentou 26,5% entre 2020 e 2011, passando de R$ 186,896 bilhões para R$ 236,389 bilhões (mais R$ 49,493 bilhões). Foi o segundo crescimento consecutivo para o estado.
Mesmo com o crescimento, a Bahia caiu da oitava para a nona posição entre as maiores receitas brutas de revenda do comércio do país, ultrapassada por Mato Grosso (R$ 242,4 bilhões). São Paulo (R$ 1,7 trilhão), Minas Gerais (R$ 591,1 bilhões) e Paraná (R$ 478,5 bilhões) lideravam esse ranking.