Comércio Popular sente impacto da greve no centro de Salvador
Devido ao movimento abaixo do esperado e ausência de funcionários, eles foram obrigados a fechar as portas dos próprios empreendimentos
Foto: Farol da Bahia
Os lojistas da Avenida Sete de Setembro e da Rua Carlos Gomes, região de comércio popular do centro de Salvador, sentiram os efeitos da greve geral nesta sexta-feira (14). Devido ao movimento abaixo do esperado e ausência de funcionários, eles foram obrigados a fechar as portas dos próprios empreendimentos.
“Teve uma queda grande justamente às vésperas do São João, época em que a gente espera um pico alto nas vendas”, diz o gerente de loja de cosméticos Jeferson Maldonato. “Não vendi praticamente nada. Está tudo deserto”, conta Lorena da Silva, 23, que trabalha como atendente em uma loja de roupas.
Os shoppings Center Lapa e Piedade, normalmente abarrotados de clientes, estavam vazios ao longo do dia. Ao redor dos centros de compras, era possível ver lojas, supermercados e consultórios médicos fechados. Camelôs que lotam a rua direta dos Barris deram folga ao vai e vem dos transeuntes. Algumas agências bancárias fecharam mais cedo do que o previsto, outras nem sequer abriram.
O número alto de manifestantes nas ruas do centro, no entanto, favoreceu o trabalho do vendedor ambulante Edinei Bispo, 46. “Hoje vendi uma quantidade de água equivalente a vender a semana inteira”, comemorou.
O Sindicato dos Lojistas (Sindlojas) diz não ter dados sobre os prejuízos no comércio e nem sobre a quantidade de lojas fechadas nesta sexta.