Comida de rua no Carnaval: como escolher opções seguras e evitar intoxicação durante a folia

Durante o período do Carnaval é muito comum que os foliões consumam alimentos de rua que sejam de rápida ingestão, como cachorro-quente, hamburgers, churrasco, pirão de aipim com carne, pastéis, entre outras diversas opções disponíveis em todos os circuitos. No entanto, é muito importante ficar em alerta para algumas características do alimento e evitar quadros de intoxicação  e infecção alimentar na folia. 

A nutricionista Poliana Campos destaca a importância de escolher bem o local antes de comer qualquer tipo de alimento ofertado. Observar a higienização do espaço, a temperatura de conservação, coloração e cheiro do produto são primordiais na hora de se alimentar no circuito. 

Pelas questões de temperatura do alimento, a especialista pontua quais tipos são mais seguros para consumir fora de casa. "Os alimentos assados, cozidos ou grelhados. É muito importante optar por este tipo de preparação e evitar preparações cruas, como saladas. Molhos também, como maioneses), salada de frutas... esses são bem perecíveis", sugere a nutricionista. 

Sinais de intoxicação alimentar

Se no meio da folia você sentir mal-estar, diarreia, náuseas, vômitos, calafrios ou cólica abdominal, provavelmente está passando por um quadro de intoxicação alimentar. De acordo com Poliana Campos, a orientação fundamental no primeiro momento é iniciar a hidratação. 

Ela também indica procurar a emergência médica, se os sintomas forem intensos. "[O ideal é] procurar a emergência médica, pois há risco para desidratação por conta dos episódios de diarreia e vômitos. Nesse caso, pode ser necessário medicação endovenosa (soro)", diz.

Esses foram os sintomas sentidos por Bruno Guedes no Carnaval de 2024, em Salvador. Segundo ele, os sintomas apareceram logo depois de comer dois pratos de churrasco. "No dia seguinte começou a diarreia. Esse sintoma durou 12 dias e se manifestava toda hora, só aliviava quando eu tomava imosec. Mas só tive melhora mesmo quando fui ao médico. Fiz um tratamento de uma semana e melhorei", relembra.

Segundo Bruno, a perda de peso foi uma consequência da forte diarreia que sentiu durante o período. "Com a diarreia perdi peso, não conseguia comer nada. Foi um período bem ruim. Por outro lado, não senti dores, nem nada", acrescentou. 

A nutricionista também pontua quais alimentos devem ser consumidos após um episódio de intoxicação ou infecção alimentar causadas pelas comidas de rua.

"Os legumes, vegetais, frutas e hortaliças ajudam bastante nesses casos. Durante a recuperação, é importante uma alimentação leve com sopas e caldos com legumes, vegetais e proteínas, com porções fracionadas ao longo do dia. O uso dos probióticos também vão auxiliar na microbiota intestinal", orienta a profissional.