Como sanção, Itália confisca 140 milhões de euros em ativos de oligarcas russos
Ao menos 26 nomes são citados em sanções da Europa

Foto: Agência Brasil
Em meio às sanções internacionais aplicadas contra a Rússia, o governo italiano já bloqueou 140 milhões de euros em ativos pertencentes à oligarcas russos. Além disso, também foi feita a apreensão de dois iates de empresários próximos do Presidente russo, Vladimir Putin, segundo fontes oficiais.
"Estão a ser tomadas medidas para congelar em território italiano bens móveis e imóveis de 140 milhões de euros pertencentes a oligarcas russos que figuram nas listas da normativa europeia. Já foi concluída uma primeira operação, que afeta um navio de 65 milhões de euros. Outras medidas estão em curso", informou o Ministério da Economia italiano na última sexta-feira (04).
O navio é o mega iate 'Lady M', ancorado em Imperia, na costa da Ligúria, no noroeste da Itália, e pertencente a Alexei Mordashov, presidente do grupo metalúrgico e energético Severstal, que detém um terço das ações da agência de viagens TUI, a maior do mundo.
O multimilionário, considerado pela revista Forbes o quarto homem mais rico da Rússia em 2021, resolveu se distanciar da invasão russa da Ucrânia e lamentou as sanções impostas pela União Europeia (UE). As sanções o atingiram devido a ligações ao banco Rossiya - que supostamente beneficiou da anexação da Crimeia pela Rússia - e a um grupo que controla os meios de comunicação que transmitem a versão do Governo russo sobre a guerra.
A ordem de apreensão preventiva foi executada pela Unidade Especial de Polícia Monetária da Guardia di Finanza, em parceria com a Unidade de Polícia Económica e Financeira de Imperia e do Departamento de Operações Aeronáuticas de Génova.
O iate 'Lena', propriedade de Gennady Timchenko, ancorado no porto de San Remo e com um valor estimado de cerca de 50 milhões de euros, também foi um dos apreendidos.
O proprietário, Timchenko, é o fundador do Grupo Volga, que realiza importantes investimentos na economia russa, e é considerado pela UE como "um dos confidentes de Putin".