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Cultura

Compositor de 'Faraó' revela que precisou pesquisar sobre o Egito antes de escrever hit de carnaval

Segundo Luciano Gomes, ele não sabia que o Egito era um país da África

Por Da Redação
Ás

Compositor de 'Faraó' revela que precisou pesquisar sobre o Egito antes de escrever hit de carnaval

Foto: Reprodução/Facebook

Pelo menos duas das tradicionais músicas de Carnaval conhecidas em Salvador nasceram da imaginação de Luciano Gomes. A primeira foi "Swing da Cor", que ganhou o país na voz de Daniela Mercury, já a segunda, "Faraó", ficou conhecida com Margareth Menezes, atual ministra da Cultura do governo Lula.   

Ao UOL, Luciano, de 56 anos, revelou nunca ter imaginado que o Egito fosse um país africano. Quando ele criou a letra, não tinha nem 20 anos. "Porque eu não tive esse conhecimento na escola, nunca explicaram. Lá eu aprendi três coisas: Lei Áurea, Princesa Isabel e sobre navios negreiros. Só. Tudo que eu sei sobre ser um homem negro aprendi nos blocos afro. Foi ali e na pesquisa para escrever Faraó que as peças foram se encaixando", ele explica.

Ainda segundo ele, as pessoas precisam respeitar os blocos afros porque são verdadeiras aulas no meio da rua. Não só para mim, viu? Muita gente ainda não sabe dessa informação hoje em dia, descobre com a música". 

Luciano contou à reportagem que a criação de Faraó foi feita a partir de muita pesquisa. "Fui para a biblioteca e achei um livro velho, bem velho mesmo, que era até preto e branco. Apareceu do nada no meio das coisas. Ali estava a história dos faraós. Daí comecei a criar em cima disso", detalhou. A letra nasceu em uma semana e estourou no Carnaval. "Eu não fiz aquela letra, ela quem me escolheu".

O compositor também abordou sobre a falta de oportunidade das crianças e jovens das periferias mostrarem os seus talentos. No caso dele, Luciano foi descoberto por um diretor no Pelourinho, o que facilitou o seu reconhecimento. "A coisa está tão elaborada para o lado do profissionalismo, que quem vem da favela não tem como apresentar uma letra para alguém não", disse. 

Apesar disso, Luciano pontuou que mesmo que um dia não exista mais carnaval, ele será feliz em pensar que seu nome ficou "eternizado" na folia momesca. 

"Se eu não estiver mais aqui, quero simplesmente fechar os olhos pensando: 'meu nome ficou eternizado'. Só isso, só o nome. Mesmo que o Carnaval não exista mais, eu espero que as pessoas ainda estejam cantando Faraó pelas ruas", finalizou.

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