Coronavírus

Conass: Falta medicamento em hospitais para pacientes de coronavírus

Medicamentos são usados na entubação de pacientes

Por Da Redação
Ás

Conass: Falta medicamento em hospitais para pacientes de coronavírus

Foto: Reprodução/G1

Falta nos hospitais sedativos e relaxantes musculares usados na entubação de pacientes graves com covid-19. Sem esses remédios, a ventilação mecânica não pode ser feita de forma adequada e o paciente corre maior risco de morrer.

De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), todas as secretarias estaduais relataram à entidade ter um ou mais medicamentos dessa classe em falta ou com estoque crítico. Já há investigações abertas em ao menos dois Estados (Rio e Amapá) para apurar óbitos de pacientes que não tiveram acesso a essas medicações. 

“É um uso prolongado e geralmente é usada uma combinação de drogas de acordo com a gravidade e o objetivo. Todos ficaram falando do risco de colapso por falta de leito, mas agora temos o risco da falta desses medicamentos essenciais para a sobrevivência do paciente”, destaca Ederlon Rezende, membro do conselho consultivo da Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

O maior número de queixas de problemas no abastecimento é com relação ao rocurônio. Levantamento feito pelo Conass com todas as secretarias da Saúde revelou que, das 25 pastas que responderam ao questionário, 24 têm problemas no abastecimento do item. Os números foram apresentados nesta quarta-feira, 3, em reunião de comissão da Câmara dos Deputados.

Representante do Conass, que esteve presente no encontro, informou que o órgão mandou ofício para o Ministério da Saúde no dia 14 de maio solicitando auxílio do governo federal aos Estados na relação com fornecedores. O problema foi tema de novo ofício, enviado no dia 29. Hoje, a maioria desses medicamentos é comprada diretamente pelos Estados e municípios ou pelos hospitais, mas as secretarias avaliam que uma intervenção do ministério junto à Anvisa e aos fabricantes pode facilitar a compra. Questionado, o ministério não respondeu. Ao Conass, prometeu auxiliar na negociação com fornecedores. 

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