Confederação Nacional da Indústria reduz estimativa de crescimento da indústria em 2025
Tarifaço imposto pelos EUA é um dos fatores de incerteza

Foto: Imagem Ilustrativa. Créditos: Gabriel Jabur/ Agência Brasília
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu a estimativa de crescimento da indústria brasileira em 2025 de 2% para 1,7%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (19) através do Informe Conjuntural da CNI.
Entre os principais fatores de incerteza é o tarifaço imposto pelos EUA em parte dos produtos exportados do Brasil. Segundo a CNI, a medida deve fazer o valor exportado este ano chegar a US$ 341,9 bilhões, registrando uma redução de US$ 5 bilhões. Com isso o superávit comercial deve cair 14% em relação a 2024, para US$ 56,6 bilhões.
Mário Sérgio Telles, diretor de Economia da CNI, destacou a importância da redução das taxas impostas. “É importante que essas taxas adicionais sejam reduzidas, pois as medidas compensatórias anunciadas pelo governo são positivas, mas não são capazes de substituir o mercado americano para um número grande de empresas e setores.”, disse.
Neste contexto, a estimativa é que a indústria de transformação avance apenas 1,5%, em comparação aos 3,8% do ano passado; que a indústria da construção tenha uma alta de 2,2%, impulsionado pelo “Minha Casa, Minha Vida”; a extrativa cresça 2% por causa da produção do petróleo; e o setor de serviços registre uma expansão modesta de 1,8%.
Apesar do corte no crescimento do setor industrial, o informe manteve a previsão de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro com base no avanço da agropecuária, cuja estimativa de alta subiu de 5,5% para 7,9%, e no mercado de trabalho aquecido.