Confederação Nacional da Indústria revela desaceleração do setor
Os índices que interromperam a sequência de altas consecutivas foram relativos a faturamento e emprego
Foto: Wenderson Araújo/Trilux
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que de todos os índices analisados para a composição dos Indicadores Industriais de fevereiro, apenas o relativo a horas trabalhadas na produção apresentou crescimento, quando comparado a janeiro.
De acordo com a entidade, os índices que interromperam a sequência de três altas consecutivas e promoveram a desaceleração do setor foram os relativos a faturamento e emprego, que acabaram recuando.
A CNI ainda relatou que os demais índices analisados não apresentaram grandes mudanças. A equipe técnica da confederação disse a falta de variações representa uma "imobilidade preocupante para a atividade econômica".
O levantamento afirma que o faturamento real da indústria de transformação teve baixa de 0,2% em fevereiro deste ano, na comparação com janeiro. “O recuo ocorre após três altas consecutivas, período no qual o faturamento havia crescido 5,7%. Na comparação com fevereiro de 2021, o faturamento registra queda de 5%”, diz a pesquisa.
Ainda segundo o CNI, O emprego industrial manteve-se “praticamente estável” e apresentou recuo de “apenas 0,1%” na comparação com janeiro. Quando comparado a fevereiro de 2021, o emprego aumentou 2,9%.
Sobre o total de horas trabalhadas na produção em fevereiro de 2022, a entidade acrescenta que o número foi 2,1% acima do registrado em fevereiro de 2021.
O rendimento médio real dos trabalhadores da indústria caiu 0,1% entre janeiro e fevereiro de 2022. Na comparação com fevereiro de 2021, o rendimento do trabalhador teve, na média, uma pequena alta, de 0,7%, enquanto a inflação medida no período (12 meses), segundo o IBGE, ficou em 10,54%.
A massa salarial da indústria de transformação apresentou estabilidade no período janeiro-fevereiro de 2022. Na comparação com fevereiro de 2021, este índice registrou alta de 3,5%.