Conflito entre Hamas e Israel já matou mais de 4,2 mil pessoas em 10 dias

O Escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos divulgou um relatório confirmando que, no 10º dia de conflito entre as forças israelenses e o Hamas na Faixa de Gaza, houve um registro total de 4,2 mil mortes e mais de 1 milhão de deslocados.

O relatório destacou que vastas áreas foram devastadas e que existe uma preocupação de que o número de vítimas civis aumente nos próximos dias, já que as operações militares não mostram sinais de fim do conflito. Além disso, o cerco a Gaza afeta gravemente o fornecimento de água, alimentos, medicamentos e outras necessidades básicas, com indicações de violações diárias das leis da guerra e do direito internacional dos direitos humanos.

Há também uma crescente insegurança alimentar na região, com estoques de produtos alimentares essenciais que só durariam por duas semanas a nível de varejistas, e lojas no norte de Gaza enfrentando dificuldades em reabastecer.

Entre as vítimas fatais estão mulheres, crianças, jornalistas palestinos, funcionários de saúde e trabalhadores da ONU. Não há clareza sobre o total de pessoas ainda presas nos escombros e cerca de 199 israelenses são mantidos como reféns por grupos armados palestinos em Gaza.

Uma prioridade destacada é a libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis por grupos armados palestinos e o fim do uso indiscriminado de foguetes contra Israel. Além disso, há preocupação com o aumento da violência na Cisjordânia, incluindo em Jerusalém Oriental, com um grande número de palestinos mortos pelas forças de segurança israelenses e ocupantes de assentamentos.

A Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) informou que os bombardeios israelenses continuam afetando a Faixa de Gaza, e a população enfrenta riscos graves devido à falta de água e combustível nos hospitais. A situação humanitária na região é alarmante, com milhares de mortos e feridos e uma grande população deslocada.

Morre filha de brasileira 

Celeste Fishbein, israelense e filha de brasileira que foi sequestrada pelo grupo extremista Hamas, foi encontrada morta. A informação foi confirmada pelo tio da jovem, Mário Fishbein, ao G1, nesta terça-feira (17). Segundo ele, o Exército Israelense informou que Celeste foi assassinada.

A vítima tinha 18 anos e estava em um kibutz, comunidade rural próxima à Faixa de Gaza, quando desapareceu após o ataque surpresa do Hamas, em 7 de outubro. Celeste foi sequestrada e feita refém pelos terroristas. Desde então, os familiares estavam à procura dela. 

Outros três brasileiros morreram no conflito.