Michel Telles

Congelamento de óvulos: a nova Revolução Feminista

Aos detalhes...

Por Michel Telles
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Congelamento de óvulos: a nova Revolução Feminista

Foto: Divulgação

Empoderamento feminino é um termo recente, no entanto, a trajetória das mulheres na busca por seus direitos e espaço começou há muito tempo. “Donas do próprio nariz”, de seus corpos e suas vontades, conquistaram acima de tudo o poder de serem livres e de fazerem suas escolhas. Uma nova revolução feminista se inicia quando a mulher decide o momento de ser mãe sem precisar ser refém da idade biológica e sem se importar com julgamentos, afinal, o congelamento de óvulos não é mais um tabu. 

O sonho da maternidade é um desejo comum entre as mulheres. Atualmente, ela tem se concretizado cada vez mais tarde, seja por questões profissionais, financeiras, emocionais e até mesmo por conta de ter ao seu lado o parceiro ideal, o que fez do congelamento de óvulos a solução da vida delas. O assunto tem ganhado a atenção e a aprovação delas, principalmente, das que têm mais de 30 anos. 

“A fertilidade da mulher é finita. Chega um momento em que não produzimos mais óvulos, nascemos com todos eles e quando chegamos aos 35 anos, vamos perdendo quantidade e qualidade, o que dificulta a gestação. Os nossos ovários ainda não acompanharam a nossa evolução.” ressalta Dra. Melissa Cavagnoli, ginecologista especialista em fertilidade e referência em reprodução assistida.

“Tempos atrás não tínhamos tanta tecnologia e nem laboratórios tão bons. Os meios de cultura onde colocamos os embriões também não eram modernos, então era normal colocar mais embriões dentro do útero, já que desta forma havia uma chance de gravidez um pouquinho maior. Com toda essa evolução, a preferência é que se coloque um por vez, para que venha uma gravidez única. Quando há uma gestação de gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos, por exemplo, existe um maior risco, principalmente de prematuridade, independentemente da idade da mãe”, revela Dra. Amanda Volpato, médica ginecologista e especialista em fertilização e referência em reprodução humana.

 

Como funciona o congelamento de óvulos

A primeira etapa do tratamento é avaliar as condições da paciente em todos os aspectos físicos e emocionais. Com os exames e o diagnóstico em mãos iniciamos a preparação com as injeções de hormônios fisiológicos, que dura em média 10 dias, fase esta que chamamos de estimulação ovariana. O passo seguinte é realizar a coleta e congelamento dos óvulos que ocorrem no mesmo dia. 

Vale lembrar que o ovário disponibiliza uma quantidade de óvulos para se usar por mês, porém, ele só consegue amadurecer um óvulo por mês naturalmente. Portanto, na fase da estimulação, é importante estimular todos que estão disponíveis no ovário para que cresçam e possam ser guardados. É importante ressaltar que o procedimento de congelamento de óvulos não afeta a reserva ovariana, apenas aproveita-se estes óvulos disponíveis e que seriam descartados pelo organismo.

É fundamental destacar ainda que o ideal é que o congelamento dos óvulos seja feito até os 35 anos de idade e assim que colhidos devem ser congelados imediatamente para preservar a integridade. Não existe um prazo para os óvulos ficarem congelados. Via de regra, o útero envelhece de uma maneira muito mais lenta e por este motivo pode-se utilizar esses óvulos cerca de 10 a 15 anos depois de serem congelados.

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