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Conselho de Segurança da ONU debate aumento de vítimas de violência sexual na Ucrânia

Segundo o levantamento, já foram recebidos 124 relatos de violência sexual em cidades ucranianas em conflito

Por Da Redação
Ás

Conselho de Segurança da ONU debate aumento de vítimas de violência sexual na Ucrânia

Foto: Unicef/Ashley Gilbertson

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou uma reunião nesta segunda-feira (6) para tratar sobre as crescentes alegações de violência sexual na Ucrânia. Na última semana, o país completou 100 dias de conflito após o ataque da Rússia.

Segundo o levantamento, já foram recebidos 124 relatos de violência sexual em diversas cidades ucranianas em conflito. Os casos estão sendo investigados e, de acordo com os números, mulheres e meninas são as principais vítimas.

Pramila Patten, representante especial sobre violência sexual em conflito, apresentou aos membros do órgão dados da Equipe de Monitoramento de Direitos Humanos do Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Na ocasião, Patten alertou que crimes sexuais em zonas de guerra são frequentes e massivamente subnotificados. Para ela, os dados disponíveis representam “apenas a ponta do iceberg”. Ela afirmou ainda que a mobilização para impedir o crescimento de casos precisa ser imediata, independente da conclusão das investigações. Isso porque, segundo Patten, “mesmo um caso de violência sexual é inaceitável”.

Além disso, Pramila citou o acordo assinado com as autoridades ucranianas em um Quadro de Cooperação com a ONU para a Prevenção e Resposta a Violência Sexual Relacionada a Conflitos. A vice-primeira-ministra, Olha Stefanishyna, ratificou o documento em 3 de maio, em Kyiv, capital ucraniana, após visita de Patten ao país.

De acordo com Patten, o texto serve de base para uma resposta preventiva e mais eficaz ao problema e possui parceiros como os Estados Unidos, agências das Nações Unidas na Ucrânia e outros países vizinhos.

O documento serve para fortalecer do Estado de Direito e a responsabilização, reforçar a capacidade de segurança e do setor de defesa, assegurar que vítimas tenham acesso aos serviços necessários, garantir que a violência sexual seja abordada no acordo de cessar-fogo e lidar com o tráfico de pessoas para exploração sexual.

A representante especial ainda citou o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao afirmar que, “para predadores e traficantes de seres humanos, a guerra não é uma tragédia. É uma oportunidade”. Patten deu exemplos de falsos voluntários que oferecem caronas a refugiadas para outros países. Elas acabam sendo vítimas de traficantes de pessoas e exploração sexual.

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